segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço


Gostei de 2012 sim. Tive muito pouco tempo pro blog, pras outras redes sociais. Às vezes até tive tempo, mas faltou saco. Encaro isso de forma positiva. Cuidei mais da vida real que da virtual.

Cuidei do meu coração. Acho que finalmente consegui estancar umas mágoas, consegui colocar pessoas no seu devido lugar dentro de mim. Parei de dar importância a quem não me dá importância. Ou a não dar importância às coisas ruins vinda de quem tem importância. Acredite, isso não é fácil e leva tempo. Muito tempo, no meu caso.

Viajei muito. Foram 3 viagens internacionais, que me fizeram ver um mundo novo, coisas novas, coisas lindas. Cresci como ser humano, alimentei minha alma.

Profissionalmente, ainda tenho coisas a resolver. Mas o grande trunfo de 2012 foi o processo de coaching. Consegui colocar coisas na empresa com muito mais assertividade, separar profissional de pessoal. Ainda há muito o que percorrer, mas creio ter o "mapa da mina" nas minhas mãos.

Em 2012 pequei pela saúde. Como mudei de convênio, recolocar médicos foi uma tarefa complicada. Fiz exames ginecológicos no fim de 2011 e cheguei ao fim de 2012 sem ter achado um novo ginecologista para mostrar. Não consegui ir atrás do fisiatra, do endócrino, dei cano na dermato no meio do ano e não remarquei mais. Ou seja, no quesito cuidar de mim fisicamente... falhei! Só não me dou nota zero porque não falhei no dentista e na manutenção do aparelho. Em 2012 pequei pela saúde e meu corpo teve que dar conta sozinho do tranco, sem nenhuma ajuda da minha parte.

Financeiramente, foi um ano tranquilo. Não sobrou (claro, do jeito que eu viajei), mas não faltou. Vivi bem. Fui a shows, passeios, restaurantes, me mimei como pude. Agora no início de dezembro, quando estava acalentando a idéia de trocar de carro, sofri um acidente (e esclareço: esse acidente foi mais grave na minha mente, no meu susto, na minha sensação de fragilidade, do que na realidade). Fiquei catatônica 3 dias, levantei e comprei um carro novo. Chegou há 3 dias e eu estou in love. Mais pelo sistema integrado do som do que pelo motor. Adorei esse presente de mim para eu mesma de última hora. Mereço.

Estou entrando 2013 tranquila. Com fé. Com esperança. Com a certeza de que Deus me reserva coisas boas. Prometi não prometer nada. Mas quero cuidar de mim. Fiz supermercado ontem e comprei salada e frutas. Se não der certo em janeiro, tem fevereiro, tem abril, tem junho, tem outubro pra dar certo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

My own apocalipse

Dia 07 de dezembro de 2012, uma sexta feira, cerca de 22:30, eu vi a morte.

A semana tinha sido difícil e puxada no trabalho. Quando a noite chegou, resolvi relaxar. Tomei banho, jantei e deitei no meu delicioso sofá para ver um filme do Telecine. Tava vendo uma comédia boa, dei risada. E comi 2 sonhos de valsa. Deitada em berço esplêndido. Então comecei a sentir calor. Pensei em ir ao quarto pegar o ventilador. Mas pensei que, já que iria para o quarto, terminaria de ver o filme por lá, já que o lençol era mais geladinho que o sofá. Levantei.

Deu cãibra na minha perna direita inteirinha. Uma dor enlouquecedora. Tentei caminhar o metro e meio de chão até o balcão da cozinha americana, foi um suplício. Dei a volta no balcão e coloquei o pé no azulejo, para ver se a perna retornava. Só não contava que minha vista escurecesse completamente. Não enxergava nada, agarrada naquele balcão. Meus ouvidos zumbiam. Não tenho idéia se tinha voz. Todos meus sentidos se foram.

Menos minha mente. Agarrada naquele balcão, a pose que Napoleão perdeu a guerra. Tinha certeza que estava morrendo. E dentro de mim, chorei. Não era justo minha vida acabar daquele jeito. Com aquela camisola chinfrim e esgarçada que eu estava usando. Pelo menos a calcinha estava limpa e ok, sem furos e elásticos soltos. Até eu achar que estava fazendo xixi, pois sentia todo meu corpo molhado. Naquela posição, agarrada no balcão. Pensei quantos dias minha família levaria para vir procurar meu cadáver. Acho que ia ser só na 2a feira, e eu eu estar dura, agarrada no balcão, e qual seria o formato do meu caixão? Quem viria para meu velório? Eu deixei as coisas em ordem na empresa? Ah, deixei sim. Minha irmã tem todas as senhas. As escrituras e certidões estão aqui na gaveta. Meu pai sabe o esconderijo do dinheiro. Mas e o meu caixão, como vão acomodar meu corpo duro e gelado nessa posição que eu morri? Será que é melhor eu me jogar no chão? Meu cachorro vai sentir minha falta, tadinho!

Bom, vou morrer. Deixa eu rezar um Pai Nosso. Encomendar meu corpo. Me arrepender dos meus pecados. Misturei Pai Nosso com Ave Maria, mas certamente Deus perdoa. Fui uma boa pessoa. Vou pro céu. Mas achava que ainda merecia mais uns dias felizes aqui, mas vamos lá. Peraê, cadê minha mãe que não veio me buscar? Não é possível que não vou chegar do outro lado sem ser com minha mãe segurando minha mão! O que ela tem de mais importante pra fazer lá do que me conduzir? ai que raiva! Era o mínimo ver minha mãe! olhei pro outro lado, respirei... inspirei, expirei...respirei... fui voltando. Comecei a ver a minha sala, e nada da minha mãe. CADÊ A MINHA MÃE??? Consegui caminhar até a geladeira, abri, e aquele geladinho foi me acalmando. Tomei água gelada, da garrafa mesmo. Estava totalmente suada, mas não era xxi não. Calcinha continuava OK. Caminhei até o quarto, liguei o ventilador, deitei. 


Acordei no sábado às 9 da manhã. Na minha cama, não na outra dimensão, com minha mãe do lado. Acordei sozinha, calma, tranquila. Não tenho certeza do que aconteceu. O André acha que foi a dor da cãibra, que ele já teve uma desta mesma forma, e perdeu todos os sentidos. Minhas irmãs acham que foi dumping. Dumping é uma reação ao açucar ou gordura que a pessoa que operou o estômago sente. Só que eu nunca tive. Talvez por isso, tenha sido nesta intensidade desta vez. Meu pai se desesperou e quis que eu fosse morar com ele. Aham.

O fato é que eu vivi meu apocalipse naquela sexta. Pode vir o apocalipse desta sexta, 21/12/12. Porque eu não tô nem aí. Desta vez eu vou ver minha mãe. Fim do mundo, vem ni mim!

Update: Nooooooooooo!! Meu Deus, me dá mais uma chance? Me deixa resolver as coisas, me dá um amor, me deixa ser mãe, me deixa mais zen, deixa eu ver minha mãe mais uma vez? Não acaba com o mundo ainda não, juro que vou tentar me transformar em algo melhor!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Contenhe probrema

Aí eu me dei conta que não postava há mais de um mês. E não foi por falta de assunto. Mas faltou tempo, sobrou calor, e muitas vezes, neurônios para concatenar idéias.

Eu resolvi demitir uma assistente. Dessa vez, sofri menos que da outra vez, mas não quer dizer que não  sofri. Mas consegui ser mais profissional, separar emoção do trabalho. Já tinha identificado o problema, conversado com ela por 3 ocasiões. A pessoa não muda, não colabora, não se integra. Chega uma hora que fica muito claro que é a pessoa que se adapta à equipe, não a equipe à pessoa. Demiti. Fiquei uma semana sozinha, sem ajudante, só pra fazer auditoria. Achei sarna pra me coçar, obviamente.

Aí vamos para a segunda parte: a substituição. Delineei o perfil, encaminhei pro RH. Esse fez seleção, me mandou 5 pessoas para entrevistar. Entrevistei - e não há nada mais vago no mundo do que uma entrevista - liguei o achômetro e selecionei a pessoa que considerei mais adequada. PRIMEIRA HORA de trabalho na segunda-feira, ela vai escrever um email, eu ao lado ditando o texto: "a duplicata contém.." e a pessoa escreve: "a duplicata CONTENHE...". Pausa para eu sofrer uma isquemia cerebral. Eu corrijo: "não é contenhe, é contém, M no final". Ela vai e coloca o M no final: CONTENHEM. Segunda isquemia cerebral do dia. E já percebi o que vem por aí.

Ao longo da semana foi uma chuva de emails para mim com belezas da tipo: vencerão no lugar de venceram, verifica-se no lugar de verificasse. E um texto de 3 linhas sem absolutamente nenhuma vírgula. Na 5a feira ela veio pedir feedback, porque estava adorando a empresa e precisava demais do emprego. "Tecnicamente, você é boa. Mas sua ortografia e redação é péssima, e isso é realmente um problema para mim". Agradeceu o feedback, disse que na escola não gostava de português (nota-se), mas que iria se esforçar. Bom, vamos ver. Tenho dó. Mas ultimamente tenho mais dó de mim também, sabe?


Sei que é uma ilusão, que isso não existe... eu sei, eu sei. Mas eu estou tão cansada do mundo corporativo. Das brigas, das encrencas, dos egos, das decisões, de ter que agradar a todos, de não poder agradar a todos. Cansada. Mundo bom de acabar, esse.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

If you love somebody, set them free

Dia 22 de fevereiro de 2007 foi um dia divisor de águas na minha vida. Esse foi o dia que o vaso de cristal rachou, e junto com o vaso todas as minhas crenças e até o que eu ACHAVA que conhecia de mim. Porque a gente sempre fala do outro assim: "ah, se fosse comigo eu não perdoava". Até o dia que acontece com você e você descobre que as coisas não são tão cartesianas assim. Que há possibilidades. Que há dúvidas. Que pode existir perdão. Que poderá haver trauma para sempre. E que pode haver final feliz.

Uma das coisas mais tristes e chocantes desse dia foi a minha vida passar diante dos meus olhos e eu me descobrir uma pessoa arrogante. Sim, a Mara fofinha e querida se achava melhor que os outros, pois sua vida era perfeita. Nem ela sabia que era isso que ela sentia, mas era. E descobrir que era humana, falível... foi praticamente um tsunami emocional.

E hoje, novembro de 2012, olho para mim. A Mara sobreviveu, mais fortalecida. Algumas feridas daquele 2007 ainda doem, alguns traumas ficam e a gente tenta conviver com eles. Mas o que tenho percebido é que ando, mais uma vez, arrogante e julgadora, questionando os relacionamentos alheios pelos meus medos, meus traumas, minhas desconfianças. E quem está vivendo o relaciomento é o outro, porra!






Coloca o cd pra tocar e vai viver sua vida, Mara!


domingo, 11 de novembro de 2012

O dia depois da raiva

Foi como o que minha coach disse: amar não é fácil. Esse negócio de "na alegria e na tristeza" não tem nada de tranquilo. Porque tem momentos que as pessoas que amamos nos magoam (e isso acontece com razoável frequência). E as pessoas não são descartáveis. Não posso deixar de ser amiga, irmã, namorada, filha de outra pessoa só porque discordamos em uma opinião. Amar é saber passar por cima disso, saber que o que aconteceu é menor que todo o resto, e lidar com a situação. O que não significa ceder, ou sobrepor. Significa co-existir.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Quem eu sou

Eu sou quem eu sou. E isso é uma coisa muito difícil nos dias de hoje. Neste mundo globalizado, cheio, lotado de pessoas que pensam e que tentam impor suas idéias. E talvez eu tente impor as minhas, não devo ser diferente.

O fato é que eu sou diferente. Não posso pertencer a um mesmo grupo o tempo todo. E tem momentos, como esse, que não me encaixo em nenhum. Sou pobre demais para ser rica. Sou rica demais para ser pobre. Mas a vibe "classe média sofre" também não combina comigo. Não consigo fechar os olhos para a dor humana. Tocar a letra F me dói muito, costumo ter consideração pelo sentimento alheio.

Se eu fosse diferente... se eu fosse de família quatrocentona paulistana, talvez votasse no PSDB. Mas de onde eu vim, ou de onde meu pai veio, não consigo. Se meu pai tivesse me dado meu primeiro carro, talvez eu achasse normal gastar 70.000 reais num carro. Como todos meus carros foram comprados com meu dinheiro, fruto de economias ou prestações mensais, escolho o mais simples. Como andei muito de ônibus e de metrô, sei valorizar o básico. Achei lindo andar de Mercedes em Viena, mas isso não é parte de mim.

Teve uma época de "vacas magras" que eu só tinha UMA calça. E um maloqueiro na casa da minha avó roubou a calça para comprar drogas e minha avó foi peitar, mas isso é assunto pra outro post. Eu só tinha uma calça. Hoje tenho bem mais que isso, mas não tenho o coragem de ir num outlet nos Estados Unidos e comprar 15 calças só porque o preço é bom. Uns bons anos antes da polêmica lei da proibição das sacolinhas plásticas eu já usava sacolas reutilizáveis, pelo simples fato de que todo aquele plástico me irritava. Alías, o consumo excessivo me irrita demais. Não consigo passar 6 meses sem fazer limpeza no closet e mandar coisas embora. Talvez seja mais fácil mandar coisas do que sentimentos embora.

Eu sou os meus sonhos. O sonho de ser mãe que ainda não aconteceu e eu procuro formas de concretizar. Já fui mais gorda, mas já fui mais magra e engordei porque achei que perderia o amor. Perdi o amor de qualquer forma. E até hoje não achei o tamanho certo para encontrá-lo de novo. Talvez eu não esteja pronta para o amor. Será que eu quero me abrir para o amor? Será que eu amo a minha solidão?

Eu sou os traumas que vivi. As rejeições que sofri. Os nãos que levei. As lágrimas que chorei. Os nãos que falei. As lágrimas que provoquei. Os beijos que beijei, os abraços que dei e recebi. Os orgasmos que tive. Os dias de alegria. Os dias de ingenuidade. Os dias que eu acreditei. E todos os outros tantos dias que eu duvidei. Porque o que mais tem dentro de mim é dúvida. E medo de ser dona da verdade.

Eu queria que algumas coisas fossem diferentes. Que fossem mais simples. Que a decisão fosse mais fácil. Que algumas coisas que eu ouço, e que às vezes nem me dizem respeito, não me doessem tanto. Mas não posso fazer nada, eu sou tudo isso que falei.


Para que serve esse post? Não sei. Talvez para ele simplesmente existir. Para talvez eu ler de ver em quando e lembrar de que eu sou feita.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A dor do travesseiro

Voltei da Europa há exatos 10 dias, apenas hoje consegui chegar aqui. Ainda não tinha conseguido colocar em palavras alguns sentimentos. Não falei aqui, mas esta viagem foi especial. Eu e minha irmã levamos nossas duas tias idosas (uma bengalante e a outra com problemas mentais) para conhecer a Áustria. Terra dos avôs delas, portanto dos meus bisavôs. Elas e minha mãe planejaram esta viagem por 20 anos, e nunca saiu do papel. Então, eu e minha irmã fizemos essa viagem pela minha mãe, que, com certeza, estava conosco.

Visitamos lugares lindos, reencontrei um amigo querido que mora em Viena que nos mostrou muita coisa, e, principalmente, fiz minhas tias realizarem um sonho. Esta pode não ser a viagem dos meus sonhos, mas possibilitar isso a alguém que não teria essa condições (por causa da língua, do ritmo) é uma alegria e um conforto imenso.

Esta viagem teve um único momento que nos mostrou a pior faceta de um ser humano. Na nossa primeira parada, Lisboa, visitamos a Torre de Belém. Na saída, ao descer os, sei lá, 15 degraus de uma construção medieval não uniforme, minha tia teve dificuldade. Foi se segurando na parede, mas alguns idiotas não tem paciência de esperar, e vão empurrando. Eu e minha irmã fizemos um "escudo" ao redor dela, e fomos amparando sua descida. Os funcionários da Torre, ao perceber a dificuldade dela, barraram a subida de novas pessoas até que ela chegasse ao térreo. Quando faltavam uns 2 degraus para chegar, ouvimos a primeira pessoa da fila, barrada:

- É um absurdooooooo!!! Como que deixam uma pessoa nessas condições vir num lugar desses???

A vaca (sem querer desrespeitar o sagrado animal) era brasileira. Não tive dúvidas e comecei um lindo diálogo:

- Absurdo, minha senhora, é uma pessoa morrer sem realizar sonhos. Minha tia tem direito de estar aqui, você está perdendo apenas 2 minutos de suas férias, que tal um pouco mais de generosidade e humanidade nesse coração?

- Se fosse minha mãe, eu não a traria aqui, disse a vaca.

- Ótimo. Mantenha sua mãe em cativeiro então. A minha tia vai conhecer o mundo.

- É um absurdo eu ter que esperar!!!

- Minha senhora, procure uma igreja, um centro espírita. Trabalhe esses sentimentos. Você não sabe o que a vida te reserva. Você não sabe se semana que vem vai sofrer um AVC ou um acidente de carro e perder o movimento das pernas. Você gostaria que sua filha te mantivesse em cativeiro?

(a filha da vaca olhava pro chão... o marido balançava a cabeça, morrendo de vergonha)

- Eu tenho saúde, minha mãe também. E você - pegando no meu ombro - não deixe de cuidar de seu colesterol, pois você está prestes a ter problemas também.

(ou seja: vaca não tem argumento, vamos terminar me chamando de gorda para arrematar!)

- Minha senhora, a  senhora ainda vai reencarnar umas 80 vezes só pra pagar isso que falou agora. A senhora vai chegar num momento da sua vida que vai se arrepender demais do que falou para minha tia. E o pior, não vai ter como pedir desculpas. E seu marido envergonhado aí do lado está conhecendo muito bem o coração da esposa dele. Vou tratar meu colesterol, mas sugiro que você procure um psiquiatra assim que chegar ao Brasil, suas atitudes não são humanas.

E saí de lá sob uma pequena salva de palmas de algumas pessoas da fila.

Essa mulher foi a exceção. Em todos os lugares de Lisboa, Fátima, Viena, Innsbruck, Frankfurt, elas só encontraram pessoas pacientes, pessoas que ajudaram, pessoas que compreenderam. Pessoas que viram que minha tia tremia ao segurar a máquina, e se ofereciam para bater a foto. A vaca foi exceção, mas infelizmente as coisas ruins marcam.

Esta semana, na terapia, fiz um link dessa situação com o final de Avenida Brasil (que eu não vi a novela, mas não teve como não ver o último capítulo). Na manhã da sexta-feira do final da novela, assistindo TV em casa, peguei uma discussão no programa da Fátima. Várias pessoas apostavam em qual seria o final da Carminha. E uma pessoa lá disse: "o melhor final não é ela morrer, ou ser presa. A melhor punição é ela alcançar a compreensão de todo mal que fez e perder o direito de aproveitar o travesseiro à noite". Essa fala me chamou muito a atenção. E no fim, foi este o fim dela.

E eu pensei na vaca. Em algum momento, naquele dia fatídico, tive que rezar por ela para aplacar o ódio no meu coração e conseguir dormir. Mas eu acho que, em algum momento da vida dela, ela vai lembrar do que fez com minha tia e perder o sono.

Está nas mãos do Universo e suas leis implacáveis.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

We are the champions, my friend

Contra tudo e contra todos, contra até eu mesma que não acreditava... consegui resolver as 1.964.748 coisas que tinha que fazer antes de poder viajar. Consegui deixar fechamento de balanço engatilhado, programar todos os meus pagamentos, do meu pai, da casa das minhas irmãs, da empresa. Consegui responder todos os emails e dar andamento aos processos. Fechei todas as reservas e roteiros da viagem. Comprei euros. Consegui pintar o cabelo. Consegui apertar o aparelho. Consegui fazer as compras que faltava. Consegui visitar o túmulo da minha mãe e pedir proteção. E ainda consegui assistir as 7 temporadas do How I Met Your Mother (minha nova paixão) em 20 dias!


Mereço! As próximas 3 semanas serão ótimas! #oremos

Ahhhhhh... a delícia de deixar programado o aviso de OUT OF OFFICE no email corporativo...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Post da tripudiação

Alô você que atazanou dizendo que banheira no apartamento é bobagem...


Sexto banho de imersão nesta semana!!! And couting...

(meu Deus, como eu AMO meu apartamento! Thanks God, Thanks, mom!)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Negociadora de mierda

Eu vim com outro grande defeito de fábrica, que me impede de ser a super ultra mega executiva que todos esperam que eu seja: eu não sei pechinchar.

Eu falo isso nas reuniões de comitê, e todos dão risada da minha cara. Para de ser boba, Mara, o mundo é assim. Os preços estão lá em cima para serem abaixados. Bom, e eu não gosto nada nada de viver nesse mundo. Para mim, funciona assim: eu gosto do produto. Posso comprar? compro. Não posso, não compro. Não tenho CULHÕES pra chegar num lugar e ficar pedindo pra baixar o preço.

E a coisa piora pra mim nesse mundo corporativo, onde você contrata assessorias e profissionais liberais. Acho horrível, lá no fundo da minha alma, diminuir o valor de alguém. Então a pessoa me pede R$ 10.000,00 por um trabalho, e eu falo uma contra-proposta de R$ 3.000,00, me sinto péssima. E pior: a pessoa ACEITA. Aí você vai embora com uma dualidade de sentimentos:

1. desvalorizei a pessoa, coitada... (e não tem sentimento pior pra sentir de alguém do que pena)
2. fui enrolada. Se aceitou na primeira, é porque ainda está ganhando. Eu devia era ter descido mais.

Odeio, odeio, odeio. Mas acho que não consigo mudar o mundo, né?



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um final de semana de vitórias, meu Deus! (não, esse não é um post de evangelização, fique calmo!)

Estou nessa vibe de "chega de mimimi, faça o que é melhor para você". Ainda no gás que a última sessão de terapia soltou. De não deixar as pessoas ditarem o que, quando, como, onde. A não ser que eu esteja a fim.

Já falei em 500 outros posts o quanto me estresso com os finais de semana. Que aparecem mil compromissos, que eu saio de um e vou pra outro, e não curto, tenho sono para colocar em dia, filmes que eu quero ver, a maratona do Poderoso Chefão que eu programava desde que era casada, e oh oh, 7 anos se passaram e eu ainda não consegui um puto dum domingo pra sentar no sofá e ver os 3 filmes na sequência. Que vida é essa onde os finais de semana te cansam mais que a semana?

Queria um sábado sem hora pra acordar, sem hora pra almoçar, que eu olhasse o tempo e perguntasse pra mim mesma aonde queria ir. Passear no parque? ir no shopping? ficar na cama de pijama? tomar banho de banheira soprando espuma das mãos?

Esse final de semana tinha 4 compromissos. Dois no sábado e dois no domingo. Inclusive os 2 do domingo eram almoços, um às 13hs, outro às 15hs. A Mara antiga olharia isso e falaria: dá para ir nos dois. Mas é justamente isso que não quero mais. Quero ir em um só, e ficar de boa. E, quando decidir ir embora, ir pra minha cama tirar o cochilo da tarde que tanto amo.

Fui linda e decidida e escolhi um por dia. Os outros não fui. Em um deles, decepcionei a pessoa. Mas acho que prefiro decepcionar ela do que eu. E ela supera, né, gente?


daqui pra frente, tudo vai ser diferente... ihhhh, tô cantando Roberto Carlos?

sábado, 15 de setembro de 2012

A (difícil) arte de assumir a culpa

Então que, munida da raiva e paralisação do post abaixo, fui me queixar na orelha da minha terapeuta. Mimimi que eu não tenho ninguém que me ajuda, e ainda por cima atrapalha. Mimimi que todo mundo me cobra. Mimimi que o final de semana não é meu. Mimimi que não consigo ser dona da minha vida.

Ela corta, e diz: Mara, então você vai ter que parar de ser fofa e não querer desagradar todo mundo. A viagem estava quase fechada? a mulher se meteu? avisa então que você dará o prazo de 2 dias para que ela responda, senão fará do seu jeito. Porque cada um tem o seu tempo, para ela provavelmente 15 dias é um prazo normal para dar resposta, e não tem idéia do quanto essa demora está te angustiando. É você que deveria colocar a situação na mesa, mesmo com toda delicadeza e "fofura" que você gosta de tratar as pessoas.

Isso fez muito sentido. E colocou a culpa no meu colo de novo. E está certo mesmo: eu deixei os outros decidirem por mim. Eu aguardei o tempo do outro. Então a culpa é minha!

Cheguei em casa no maior gás, entrei no site de vendas de bilhetes de trens, fiz a cotação, salvei em PDF e mandei para ela, dizendo que tinha aquele preço, e iria fechar amanhã, pois não podia mais ter prejuízo. Floreei as palavras, fui fofa, chamei de querida, mandei beijinho no final, mas falei o que queria. Duas horas depois, já tinha a resposta dela: ela não conseguia bater meu preço, então eu podia fechar por conta própria!

Ao som de "We are the champions", finalizei a transação. Veio SMS do cartão avisando o débito. Aí descobri que, ao contrário dos bilhetes de Paris e Londres que comprei pelo mesmo site e imprimi em casa, bilhetes da Áustria não podem ser impressos no computador. Levam 8 dias úteis pela DHL para chegar ao Brasil, e na sequência o tempo de correio brasileiro. Eu não tenho 8 dias úteis, eu viajo antes disso. Entrei de novo no site, tentei reverter a compra, tentei alterar o endereço de entrega para o do meu amigo de Viena, nada foi possível. Nenhum SAC, nenhuma forma de contato disponível, mil frescuras para devolver o dinheiro, se ELES julgarem correto. Desesperada, ligo no Itaú e peço para não autorizarem o débito, que não reconheço a compra, etc e tal. A moça vai ver o que pode fazer. Meu estômago embrulha, que ódio! Não posso perder esse dinheiro! Ah, se essa $%*#@ não tivesse demorado 15 dias, eu teria comprado antes, e teria o prazo deste bilhete ter chegado a temp... NÂO, MARA, A CULPA É SUA, NÃO DELA.

Difícil esse exercício, viu?


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Atravessadores

Estava pensando ontem no tanto de coisas com que Deus me abençoou. Mas uma coisa faltou: paciência.

Não sei se é o rumo que minha vida tomou, se é porque sou tão responsável por tanta coisa e não tenho com quem dividir o peso, então me acostumei a fazer tudo, decidir tudo. E com isso vem a falta de paciência.

Quando ia comprar meu apartamento, e já tinha todo o dinheiro para isso, veio o ~fanfarrão~ do Bradesco me oferecer uma proposta maravilhosa: que eu comprasse um consórcio, esperasse 2 meses, desse um lance e daí com a carta de crédito eu compraria meu apartamento. Olhei incrédula pro rapaz e perguntei: "amigo, se tenho o $ disponível, porque diabos vou fazer uma dívida, colocar um intermediário no meio da compra, pagar juros e burocratizar todo o processo??". Bom, ele ainda gastou bastante saliva querendo ter razão, eu encerrei dizendo que ia pensar e óbvio, nunca mais atendi as ligações dele. Essa situação é bem óbvia, mas ao longo da nossa vida colocamos "atravessadores" no meio, e dificultamos as coisas. E eu, cada vez menos, sei lidar com isso.

Daqui 15 dias, viajo para a Europa novamente. É a terceira vez. Em todas elas, eu planejei e comprei a viagem sozinha. Compro passagem, estudo o melhor roteiro, qual o melhor trem, o valor. Entro em mil blogs e sites, pesquiso hotéis no TripAdvisor, reservo e pago tudo daqui com o cartão de crédito. Todas as vezes deu certo. Minha irmã já me chama de sua "CVC particular".

Aí vem a vida e faz a bagunça na sua programação. Reencontrei uma amiga do meu pai, de muitos anos, há uns 10 dias. E olha só que coincidência, ela tem uma agência de turismo. Pode deixar, Mara, faço isso tudo pra você, não precisa se estressar com isso. Meu pai me olha, e pede que eu dê uma chance. OK. Bom, resumo da ópera: todos os hotéis que ela arrumou eram mais caros que os Ibis que eu cotei. O hotel de Lisboa ela conseguiu pelo mesmo preço que eu. Então fiz Lisboa com ela, e os outros faço por aqui. Bom, para fechar o hotel de Lisboa a agência me pediu tanto documento, fax, xerox, contrato, que me fez pensar o quanto teria sido mais fácil eu mesma fechar pelo site português. Cabe ainda dizer que, enquanto esperei 10 dias pela cotação dela, perdi a promoção do Ibis de Viena e o quarto aumentou 60 euros, para nossa alegria.

Falta comprar as passagens de trem, que ela jurou por tudo que é mais sagrado, que consegue mais barato que eu no site. Oremos. Mas sendo sincera, não tenho muita fé não. A impressão que tenho é que quem faz o melhor por mim sou eu mesma.

domingo, 9 de setembro de 2012



Tento me responder todo dia e não consigo...

domingo, 2 de setembro de 2012

Stress anunciado

Não sei se já disse aqui, mas com a morte da mamãe, os "idosos" da família ficaram por conta de minhas irmãs e eu. E quando eu digo "idosos", digo com aspas, porque não temos doentes, todos tem saúde, disposição, opinião, as ranzinzices evoluíram e as coisas tem que funcionar num ritmo muito específico e determinado.

O aspecto HORÁRIO é o pior. Se você convida para uma festa às 20hs, não tem essa de ficar de boa em casa, tomar banho tranquila, e sair 20:30 e chegar num atraso até esperado pelos anfitriões. Não! Significa que ás 19:30 minhas tias estarão prontas, esperando a carona, resmungando pelos cantos, ameaçando ir de taxi porque não podem confiar nas pessoas...

Domingo é aquele dia, para mim, de stress. Não posso acordar tarde, tomar café ao meio dia e almoçar quando der fome. Porque se não almoçarmos às 13hs, provavelmente teremos um AVC coletivo. Então muitos domingos eu almoço sem vontade. Ou passo lá, enrolo um pouco, e vou almoçar de verdade com amigos depois das 14hs. Com pessoas que curtem o ritual da comida, do relaxamento, do ficar de boa no fim de semana...

Hoje, mais um domingo desses... no meio da refeição. recebo um email de uma prima, convidando para o festa de 70 anos de um primo querido. Pedia que eu avisasse a todos, e confirmasse a presença para ela se programar. A festa super legal, cheia de mimos para o pai dela, será dia 19 às... 15:30 da tarde.

A reação?


Ri muito por dentro observando os quatro tentando manter a compostura, fazendo perguntas sobre o evento, mas com uma cara de horror. Dentro deles certamente se perguntavam como iam esperar para almoçar às 15:30! Era nítido ver o quanto esse horário afetou tudo. A perspectiva de comer tarde numa refeição futura atrapalhou a refeição atual!

Enquanto muitos seguiriam suas vidas tranquilamente, tenho certeza que elas pensarão sobre isso todos esses dias, sofrerão por antecedência e... querem apostar quanto que vão fazer um "lanchinho" antes de ir?




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

leave my weekend alone!

Eu sei, este post vai ser mais um post mimimi. Mas se eu não fizer mimimi aqui no meu blog, vou fazer aonde?

Semana passada e essa semana vieram como um turbilhão. Milhares de reuniões mega tensas, coisas a decidir na empresa, passagem e hotéis da viagem do mês que vem para fechar (que é um problema meu, não dos meus acompanhantes que só tem que ser lindos e aparecer no dia do check in). Missa de 3 anos da minha mãe. Bodas de prata, festa de aniversário, almoço de família, reunião de amigos de colégio. Vejam só, tem coisas boas e coisas ruins nesses eventos todos. E eu cansada.

Aí essa semana vem se arrastando nesse ritmo, e eu já tinha compromisso para quase todas as noites. E tipo que meu sonho estava sendo ficar no meu sofá vendo filmes da TV a cabo. Sabe o fazer nada? o não ter horário? o sair a hora que bem entender? o comer na hora que der fome?


Estava ansiosa pela noite de sexta e sábado. Ia chamar uma amiga pra um jantarzinho despretensioso e tranquilo. De boa, sem horário. Just fun. Aí... booooooom!

- Mara, vou fazer um jantar na minha casa sábado, você vai?
- errrr
- Vai, porque é o único dia livre da gente, depois só em dezembro, e blá blá blá...

Ele dando mil explicações e minha mente buscando desculpas rápidas. Não, eu não tinha compromisso sábado. Queria ter um com meu sofá. Só isso. Mas não. Certamente terei horas divertidas com gente que amo, comiga gostosa. Mas vou ter horário. Vou dar carona. Meu pai vai falar de trabalho. Ou seja, fun is over.

Não sei se estou soando mal agradecida, porque o sentimento não é esse. Mas é que minha alma sempre me pede esse silêncio, um tiquinho de solidão, um punhado de bobagens na Tv e risadas leves para balancear os dias corridos e intensos. Mas aparentemente vou ceder e fazer o que os outros querem.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

25 centavos que valem 25 milhões


Recebi esses torpedos da Fê ontem. E a danada cumpriu a promessa: me ligou mesmo! :)

E isso é tão importante, principalmente em tempos de mimimis aflorados que ando vivendo. O sentimento de que só sou procurada quando as pessoas precisam de alguma coisa tem sido cada vez mais forte. E um lado meu sabe que eu exagero, que as pessoas são assim, que eu também devo ser assim, mas eu ando precisando de atenção e carinho desinteressados.

Também te amo, minha amiga. Te amo por pensar em mim de longe. E te amo, TIM a 25 centavos, por nos deixar fazer parte uma da vida da outra!


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A hipocondria nossa de cada dia

Eu já tinha sacado isso há um tempinho. Meu arquivo de faturas do cartão de crédito não deixa mentir: o gasto mensal de farmácia sobe a cada primavera. Não que eu gaste com remédios "sérios", como diabetes, colesterol, pressão. O gasto fica nas pomadinhas, nas vitaminas, anti gripais, analgésicos... tem sempre alguma coisinha pra estar tratando.

Ontem estava na farmácia, fui comprar uma pomada para uma unha que insiste em não sarar. Saí de lá com 5 produtos + 1 desodorante. Então pedi um remédio para descamação do couro cabeludo pro farmacêutico, e ele não tinha. Aí eu pedi o genérico, ele achou, eu coloquei na cestinha.

Pensei na minha mãe. Ela sabia tudo de remédio. Eu só sabia que Dorflex tomava pra dor de cabeça, Ponstan pra cólica e Luftal pra estômago. Só. Eu já cheguei a ligar para ela numas férias, descrevendo alguma dor, para ela me dizer o que tomar. Toma um Voltaren, filha. E eu achava a minha mãe o máximo, ela sempre sabia o que tomar, nem precisava de médico. E eu pensava: nunca, mas nunca, que eu vou saber dessas coisas!

Aí você repara que uma amiga reclama de cólica, e você diz pra ela tomar um ibuprofeno. Você já sabe que o remédio que você tomou pro tratamento de canal do dente serve pra dor nas costas. O farmacêutico não tem o Betaderm, mas você o tranquiliza e pede para ele olhar como valerato de betametasona. Você está vendo Olímpiadas, e a atleta foi retida no anti-dopping por ter detectado indícios de furosemida, e você SABE que furosemida é diurético, que você já usou.

Ou seja. Não apenas sei o mesmo que a minha mãe sabia, quanto seu a SUBSTÂNCIA do remédio. Acho que é um meio caminho andado rumo a hipocondria.

Tenho cura, doutor?

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Tempo e esquecimento (ou não)

Essa coisa do tempo é muito estranha. Ao mesmo tempo que cura as coisas, e se não cura, ameniza, ele faz a vida funcionar de outra forma.

É estranho, por exemplo, você ser casada (ou namorar) durante anos. E você e a pessoa amada guardam algumas datas especiais. Tipo o dia que começou o relacionamento, o primeiro beijo, a primeira transa, as datas que significam coisas importantes naquelas vidas. Para mim era o dia 25 de novembro. Mas daí a relação termina. E chega o dia 25 de novembro, e ele é um dia como qualquer outro, mas um alarme dentro de você toca. Ele era um dia de festa, um dia de jantar à luz de velas. E ele volta a ser um dia no calendário, um dia que você vai ao banco, vai ao supermercado, vê a novela. Tudo funciona de forma muito esquisita.

Hoje, 26 de julho, é outro dia desses. Há 3 anos atrás, comemorava um aniversário. Comprava presente, almoçava com ela, cantava parabéns, comia bolo. Um dia inteiro em volta da mamãe. E agora ela não está aqui. E você acorda e pensa nela. Faz uma oração. E pensa se deve chorar. Ou se deve tratar o dia 26 de julho da mesma forma que trata o dia 25 ou o dia 27. Se deve falar disso, ou fingir que nada está faltando, que já se acostumou, se vai na reunião, se faz o relatório, ou se vai ao shopping e faz um brinde a ela.

E sempre penso em como minha mãe lidava com as coisas. Quando quero explodir e ficar histérica com a falta dela, lembro dela sendo a mãe que foi, mesmo quando a mãe dela morreu. A vida dela seguiu, porque a minha não seguiria? Não conheci o pai dela, mas sei que o aniversário dele era 20 de junho. Ela lembrava e seguia com a vida ou aquilo a assombrava o dia inteiro?

A verdade é que a gente tem que seguir. Mas até onde a saudade segue? Até onde devemos alimentá-la? Devo fazer de conta que nada aconteceu? Será que daqui a 15 anos nem vou lembrar que o dia 26 de julho era uma data especial?




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cause that´s thriller...

(e este post não é uma brincadeira)

Uma semana se passou do inferno, e finalmente estou conseguindo escrever. Agora que está tudo bem, Agora que sei que ninguém morreu. 

Sou uma pessoa que guarda coisas. Que somatiza coisas. E que chora, e que explode, e que desabafa com as amigas. Mas não sei se tenho condições de entender pessoas que guardam tudo para si e explodem como um psicopata. Que ganham uma força que não sei de onde vem, que metem medo, que subjugam, que ameaçam. E meio que não me conformo de ter abrido a guarda, e convivido com alguém e não ter percebido o que estava latente.

Eu costumo achar que Deus nos fez perfeitos. Mas tenho apenas uma ressalva. Porque ele nos fez, mulheres, tão delicadas? Acho muito injusto a mulher poder se equivaler ao homem em quase tudo: habilidade, inteligência, salário, e tudo mais que podemos fazer igual (ou melhor). A única coisa que não conseguimos, com raríssimas exceções, é na força.

Porque os homens são tão trogloditas? porque batem, humilham, gritam com voz forte, colocam medo? porque, de repente, tudo que você é e estudou e fez da vida não vale nada, você é apenas um ser frágil na frente de um idiota?

Tem coisas que até consigo entender. Perdoar, não sei.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Rainha do lar

Ontem completei mais uma primavera, verão, outono, inverno. Resolvi reunir alguns amigos à noite. André me trouxe, junto com outros presentes, uma coroa de rainha. Ele achava que eu não teria coragem de usar. Ora, parece que não me conhece, né? Prendi os cabelos num coque, coloquei a coroa e reinei a festa inteira.

Hoje, acordei e tentei me localizar na cozinha abarrotada de garrafas e taças de vinho, espátulas, pratos, copos, pedaços de queijo e pão italiano. Na sala ainda estava a faixa presente do meu Precioso, escrito PARABÉNS, e um lindo vaso de flores. As 11 velas que acendi para enfeitar a sala estavam lá, sem glamour nenhum pela manhã. Sim, era um cenário de fim de festa, e foi uma noite despretensiosa e deliciosa com pessoas queridas.

Sentei no sofá para tomar meu café da manhã e me senti adulta. Sim, adulta. Adultas é que fazem festa na sua casa, sem pedir autorização dos pais. Tinha reservado o salão de festas do prédio, mas na última hora resolvi apertar todos na sala, e aparentemente todos preferiram o resultado: ficou aconchegante e descontraído.

Como eu não sei cozinhar nada, sou muito insegura para receber pessoas. Como não bebo, não sei comprar vinho. Me preocupo em agradar, fico extremamente ansiosa antes das recepções. E no fim, sempre percebo que isso não conta a mínima para os meus amigos. E me sinto feliz. E adulta.

Lembrei hoje da consulta com meu astrólogo querido, @Acuio, há pouco menos de 1 ano atrás. Ele me disse que, como canceriana, minha casa é meu templo. E é aqui que serei feliz. E que neste ano era para eu fazer curso de culinária, aprender alguma coisa, trazer amigos para provar, me cercar dessas pessoas e dessas alegrias. Nem preciso dizer que não movi uma palha em relação a isso, mas hoje isso me parece ter um fundo de razão. Essa rainha precisa assumir o seu reino.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A geladeira motivacional

Sempre tive horror à geladeira entupida de imãs. Não gosto, não uso, acho brega. Prefiro a geladeira branquinha. Os imãs importantes, tipo os de pizzaria, telefone rápido do seguro, eu deixo no ladinho da geladeira, na face que dá de cara com a parede. Ou seja, olho quando preciso, não passo os dias decorando os números.

Então ano passado fui a Londres. E comprei o adesivo do "Keep calm and carry on", frase que eu já adorava antes mesmo de virar modinha. Cheguei no Brasil e imantei o adesivo. Coloquei na geladeira, achando o quanto seria legal ver esse conselho todo dia.

Mas olhem o que aconteceu:


Em Roma, não resisti de comprar o imã do Dedo de Deus, detalhe do belíssimo teto da Capela Sistina, pintada por Michelangelo. Esse quadro mostra Adão sendo criado por Deus. Então trouxe o dedo Dele para me lembrar que tem algo muito maior ao meu redor.

Em Firenze, ao visitar a Galeria Uffizi, dei de cara com o quadro "O nascimento da Vênus", de Botticelli. O guia do museu explicou detalhadamente cada fase deste quadro, que me deixou fascinada. E talvez porque eu tenha a minha relação com a minha Vênus sendo reconstruída, aos trancos e barrancos. Assim, na lojinha do museu, ao ver o imã à venda, achei que seria bom para mim olhar para minha Vênus todos os dias.

Aí, em plena lojinha de cacarecos da Times Square, perdido num mar de imãs de piadas, táxis amarelos e I love NY, acho esse imã: "Don´t be so hard on yourself". Fiquei olhando pra ele. E isso tem tanto a ver com tudo que trabalhei no meu coaching... a compreensão e condescendência que tenho com os outros, mas não comigo. As punições que me aplico, os erros que não me permito. Minha coach sonha com o dia que falarei de mim com carinho. Comprei o imã para me lembrar de me tratar bem.

Cheguei em casa e coloquei o imã, no meio dos outros. E fiquei olhando pra minha geladeira motivacional. O olho cada vez que vou beber água. Minha vida ainda não é uma Brastemp, como a geladeira, mas ainda será!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Cantinho do Leitor e das Amigas

Aí eu fiz aquele post sofrido, sobre meu coração partido no elevador. Gente, essa coisa de não ter um alvo de paixão é tão chata... acho que, mesmo não sendo correspondida, é legal ter alguém por quem seu coração bate, e eu sinto muita falta disso, faz pelo menos 3 anos que não sinto borboletas no estômago.

Minha amiga Fernanda não se fez de rogada e me mandou o seguinte comentário:

Foi engraçado ela escrever isso justamente no dia em que li uma bobagem tão imbecil que esse cara escreveu no Facebook. Sim, esse cara por quem chorei tanto na adolescência. Ele virou um adulto tão chatinho e sem noção. Acho graça eu um dia ter desejado viver minha vida com ele. Quando você está sofrendo, e as pessoas dizem que você ainda vai rir disso, a gente fica louca de ódio, como vamos rir disso? O pior é que vamos mesmo... 

Aí tenho uma amiga tão querida sofrendo por amor nesse momento. Eu queria pegar no colo e dizer o quanto ela é linda, o quanto ela merece a felicidade, e como tenho certeza que Deus reservou isso pra ela. Porque ela merece. A mesma certeza que tenho que tudo vai dar certo pra mim. Por mais que eu às vezes me sinta fraca e escreva essas coisas, no fundo tenho esperança.

Minha amiga, vai passar. Nós vamos rir disso. Como rimos dos 2 paspalhões anteriores, né? Quem diria na época? O tempo, esse lindo, cura tudo, resolve tudo. Tenha fé!

E Fernanda...ah, amiga, como você me faz falta no meu dia a dia! Te amo! Obrigada por me lembrar sempre de quem eu sou!

domingo, 24 de junho de 2012

The secret post

Todo domingo é dia de Post Secret. Esse site aí, linkado aqui e nos blogs queridos do lado. Já falei dele aqui. É um site para onde as pessoas mandam cartões postais com seus segredos. E todo domingo é renovado, e os anteriores deletados. E é sempre tão interessante ler os segredos dos outros. Tem segredos que chocam, como certa vez postou um estuprador. Tem segredos engraçados, tipo da mulher que sonha em fazer xixi em pé. E tem segredos que a gente se reconhece. Ou reconhece alguém que você já foi um dia, e superou.

O da semana passada, que era dia dos pais nos Estados Unidos, foi dedicado à esse tema. Tinha uns fofos, tinham uns de agradecimento, tinha um que achei muito louco, da menina que não queria acreditar em reencarnação, pois não queria que o pai fosse de outra pessoa nunca mais! E tinha esse aqui:


Quem conhece meu pai não acredita na minha angústia. Mas acho que muito dos meus problemas com o amor e com confiança vem da minha relação com o meu pai. Tenho lidado tanto com isso nos últimos tempos. Percebo essa lacuna na minha relação com as outras pessoas. E é tipo isso: se nem teu pai te ama incondicionalmente, como outra pessoa vai te amar?

É injusto, eu sei. Meu pai me ama como pode, e é uma pessoa muito presente. Mas devo admitir que não é o amor que eu precisava. E me sufoca. E não me preparou para algumas coisas desse mundo. Mas esse fardo é tão pesado para dar para uma pessoa carregar, né? a culpa é minha também em tantos níveis. 

E pode ser ainda que esse post seja deletado logo logo, com a mesma duração de um Post Secret. Porque isso aqui ainda dói demais.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O souvenir

Nesses dias em New York, sabe, me sinto ridícula escrevendo New York. Mas não concordo em escrever Nova York, pois fica uma palavra em português e a outra em inglês, e Nova Iorque nem pensar, um horror. Então vai na grafia correta, mas me sinto pedante. Aff!. Anyway, fugi do assunto. No último dia em NY, conversei com a minha amiga sobre aquela minha ex-amiga, que resolveu que eu era a pior pessoa do mundo por mera loucura da sua cabeça. De como foi tudo tão doido, como eu fiquei do lado dela, e ela não entendeu, como ela pensa que ser amigo é ser fútil. E não, amigo tem que dar toques, tem que pegar no pé, e tem que fazer cafuné também. Mas, que pena, passou, segue ela na vidinha dela e eu na minha aqui. Coitada, trocou de Facebook, atravessou a rua pra não me encontrar. Mal sabia ela que podia seguir a vida tranquilamente pois eu não corro atrás. Eu não forço a minha presença. Não precisava do teatro todo, bastava me dizer e me deletar.(não corro atrás de homem, vou correr de mulher? é ruim, heim?!!)

Nesse dia, mais tarde, assistimos o lindo show "The Lion King" na Broadway. De lá, fomos pra Times Square jantar e depois nas trocentas lojas de cacarecos de lá, comprar as lembrancinhas de quem ficou aqui.


Nesses últimos 9 meses, onde esta é a 3a viagem internacional que faço, e o 5o. país que visito, comprar cacareco fica complicado. São as mesmas coisas, só muda a cidade. Ou você compra um Big Ben, ou uma Torre Eiffel, ou uma Estátua da Liberdade. Ou um Coliseu. As canetas são as mesmas, do mesmo fabricante chinês. Nada é do país que você está. Só na Alemanha consegui comprar um boné "made in Germany" pro meu tio. O resto é tudo um grande mundo Xing Ling. 

Com este meu grande saco cheio de ver as mesmas coisas e comprar por "obrigação", somado à minha mão-de-vaquice sempre presente, levei minha listinha de pessoas e fiz as compras: canetas, borrachas, camisetas, moletons, chaveiros... tudo aquilo que não pode faltar.

Tarde daquela noite, no hotel, sentando em cima da mala pra ela fechar e eu ir embora no dia seguinte, comecei a praguejar que aquela mala estava entupida de cacareco, que saco, que droga, que porcaria de mundo capitalista! Aí me veio um pensamento: nossa, estou aqui reclamando de levar presente para umas 20 pessoas, na mais enxuta das listas? E se eu fosse levar coisinhas pra todos que eu amo e me amam e eu não convivo, quantas mais teria que levar? E essa minha ex-amiga aí de cima, que não tem quase ninguém? perdeu o pai, a mãe, não tem família, e a amiga que foi amiga foi deletada? pra quem ela compra presentes?

De repente, me senti muito presenteada por Deus, por ter tanta gente com quem me importo, que estão à minha volta me amando, me provocando, me cutucando, me enchendo, mas existindo na minha vida. A mala ficou bem mais leve depois disso.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

The date

Vocês que ainda tem paciência de me acompanhar aqui sabem do meu muro da lamentação, que eu estou sozinha, que não acho ninguém, blá blá blá wiskas sachê. Ano passado, fui no @Acuio, meu lindo astrólogo, logo após meu aniversário e ele viu um novo ciclo de 11 anos se iniciando na minha vida. Como nos 2 anos anteriores ele só me via sozinha mesmo, me reconstruindo, nesse ano ele viu o início desse ciclo, aonde eu me casaria, e provavelmente com um estrangeiro. (Sortuda que sou, já sabia que esse casamento ia rolar dia 08 de julho de 2022, final feliz só no último capítulo, né?)

>>> Pausa pra pedir calma que eu não vou casar agora, ok? é só uma introdução pro assunto do post!

Ano passado, em Paris, me surpreendi com o indiano dono da lojinha de souvenirs em Montmartre me dando seu cartão pessoal e telefones de casa, loja e celular, para o caso de eu querer conhecer Paris mais a fundo (ui!!). Levei minutos pra entender a cantada. As coisas não acontecem comigo como naquela propaganda antiga do Impulse (e se de repente te oferecerem flores, isso é Impulse!). No dia seguinte, no dia mais frio da minha vida, fugi pro metrô, usando o cachecol como burca (visualize a beleza da garota) e veio um negão atrás de mim, falando sabe Deus o quê em francês. Eu falei em inglês que não entendia, e ele, em inglês, pediu meu telefone. Fiquei incrédula de estar pegando homem no metrô francês baranga do jeito que estava. E ademais, que numero eu daria? meu celular do Brasil? Sorri e agradeci. Entrei no vagão com a auto estima lá em cima da Torre Eiffel (por que mulher só tem auto estima legal por causa de homem, meu Deus, por que??)

Volto pro Brasil e volta aquela vidinha marromeno. Aí em março vou pra Itália. Gatinho do restaurante em Firenze me oferece uma bebida pra tomar com ele, eu aceito, despede com beijinho. Fora outras cantadas, olhares, risadas. Não foi melhor porque me estressei demais com os italianos, fora a alergia que me atacou. Volto ao Brasil. Nada de paquera, zero a zero. Sempre.

Vou a New York no início desse mês. Chego lá e pego uma van pro hotel. Motorista brasileiro, mora nos Estados Unidos há 15 anos, Marcos. Papo vai, papo vem, ah, me dá seu Facebook pra gente continuar se falando? Aham, claro, respondi (claro que não dei, né? eu lá libero meus dados pessoais pra quem não conheço?). Dias depois, no restaurante, um moleque (moleque mesmo, faz High School no Kentucky) elogia meu perfume pra mãe, e diz que estou tão deliciosa que queria encostar em mim. O único problema é que ele falou em português, achando que eu fosse sabe Deus de que nacionalidade. Minutos depois ele me espiou digitando no celular e gritou: "mas você é brasileira????" Sou, filhinho, e entendi tudo o que você disse! ahahahaha! Fora que ele teve um ataque que me conhecia aqui no Brasil, e tipos que não tem como a gente se conhecer, e porque diabos um menino de 17 anos está reparando em mim? Eu heim!

Mas o ápice foi a saída desse restaurante! Ele ficava na Times Square. Aliás, vou falar dele, é o Bubba Gump, restaurante temático do filme Forrest Gump, onde só serve camarão, como o Bubba do filme tanto sonhava. E eu amo camarão, e esse restaurante é uma delícia e voltei lá na última noite só pra me despedir! Enfim, saí de lá linda e satisfeita e fomos a pé da Times Square até o hotel. Na muvuca da Times Square aparece um negão que distribui folhetos de peças da Broadway, segura minha mão e fala:

- How about going out on a date with a black guy?

Genteee! eu fui ASKED ON A DATE!! a date!! Eu que vejo filmes e séries o tempo todo, dates acontecendo toda hora, e eu fui asked on a date??? Falei pra minha amiga: "você pode se dar muito melhor que eu, ser chamada pra sair, pro que for, mas ASKED ON A DATE, só eu mesma!! ahahahaha!

Um dia pra lembrar: 10 de junho de 2012, o dia em que fui asked on a date! :D

Em tempo: bundona que sou, só dei risada e fui embora. A coisa empaca comigo. Mas um dia darei esse passo. 

Em tempo 2: é muito uó a pessoa relatar todos seus contatos com o sexo oposto em quase um ano, heim? esse post é pra rir ou chorar?


sábado, 2 de junho de 2012

New York... again!

Essa semana estava falando com uma amiga pelo Facebook. Aí contei que esta semana iria tirar uns dias e ir para New York com umas amigas. Ela se assustou e disse: "uau! vai viajar de novo?". Respondi: 

- ué? não tenho marido, não tenho filho, estou com o apartamento quitado, carro em dia. Vou usar o dinheiro que sobra pra conhecer o mundo mesmo. Enquanto não estou tão velha e tenho saúde para andar.

Ela me deu razão, conversamos mais um pouco, desligamos. E eu fiquei pensando nisso que escrevi. Escrevi isso achando certo ou com um toque de amargura? Estou viajando muito para fugir de alguma coisa? Estou me compensando? Trocaria essa vida de "glamour" e independência por marido e filhos? Não dá pra ter tudo na vida?


O fato é que hoje embarco para New York. Amanhã acordo "in that city that never sleeps" (Hello, Frank!). Sim, é a 3a viagem internacional em menos de 1 ano. Só que voltar a NY, 12 anos depois, é muito estranho.

Penso na Mara que foi aos Estados Unidos pela primeira vez em 2000. Essa Mara tinha mãe para ligar toda noite e contar o que fez. Essa Mara era solteira, mas tinha um namorado muito querido de quem ela lembrava toda hora e queria repetir essa viagem com ele - o que nunca aconteceu. Essa Mara foi com uma amiga de muito tempo, que hoje não fala mais com ela. Essa Mara almoçou no World Trade Center, que não existe mais. Essa Mara não existe mais. Essa Mara não tem mais 28 anos. O mundo mudou tanto...

Vai ser bom essa nova Mara reencontrar uma nova cidade. Vai ser bom. Aqui não tem lugar para amargura não. A partir de agora, só diversão!


(e um beijo pro Dedé que hoje entra pro time dos enta... feliz aniversário, meu amor!)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Coração partido no elevador

Entrei no elevador do meu prédio, e tinha um aviso na parede. Fui ler e era um recado de uma moradora, dizendo que estava fazendo um curta metragem sobre o amor, e gostaria de depoimentos espontâneos e reais sobre o amor, e que estava lá no apê 102 de câmera pronta para quem quisesse abrir o coração.

No curto caminho do 5o andar até o subsolo, refleti sobre isso e não tenho história de amor com final feliz para contar. Não tenho nem mesmo uma história de amor de mim comigo para contar. Sinto que o amor me abandonou, e isso é uma injustiça tão grande, e que mundo é esse que até um elevador provoca feridas no meu coração?


terça-feira, 22 de maio de 2012

Tempo perdido

Tem uma moça que trabalha comigo que é uma fofa. Doce de tudo. E casada. E coloca o marido em 9 das 10 frases que coloca. Casada há 2 anos e a foto do Facebook dela ainda é a de noiva. Você percebe em tudo que ela fala o orgulho e felicidade de ser casada, de aprender receitas para mimar o maridinho. Aquele tipo. Uma vez brinquei com ela que era um pecado uma menina de 20 anos já estar assim, devia ter terminado a faculdade, viajado um pouco. Mas ela parecia feliz com isso. Que bom!

Hoje encontro ela no corredor toda borocoxô. Logo eu que sou desligada, não percebo essas coisas. Ela olha pra mim, toda inchada e desaba em lágrimas. O tal do marido, bipolar, saiu de casa na sexta, sem falar nada, só xingando que ela dá despesa para ele, e dando prazo para ela desocupar a casa para ele devolver o imóvel, que não vai mais sustentar. Só liga para xingar. Não deu uma justificativa plausível. Só quer encerrar esse casamento. A menina, óbvio, está transtornada. O sonho acabou, o mundo caiu.

Lembrei de uma outra mulher que conheço, casada com um engenheiro da Petrobrás. Ele viajou para o Rio para um projeto de uma semana. Chegou lá, mandou um sms dizendo que chegou e fim. Ela não conseguiu mais falar com ele por 6 meses. Por fim, chegou uma notificação extra-judicial pedindo o reembolso dos valores que ele gastou na reforma do apartamento que eles moravam, que era da família dela. Nenhuma conversa, nenhuma justificativa, nada.

Vejo essas coisas e fico perplexa. Lembro muito do meu processo de separação. Que não foi fácil. Mas conversávamos. Ficamos amigos. Eu ficava magoada por ele não se empenhar em manter o casamento. Ele parecia sofrer, mas não tinha interesse. A resposta levou uns 2 anos para aparecer. Não doeu mais, aliás fez sentido e me fez sentir livre. Mas conheço essa sensação de "e aí? acabou assim?".

Seria tudo tão mais fácil e honroso se todos fizessem como meu primo. Ele resolveu assumir a alfa 2, e terminou com a esposa. Falou para ela, fez a separação, pagou a pensão, ela ainda é beneficiária da apólice de seguro ele. Acho isso certo. Resolveu seguir a vida e foi honesto com a ex mulher. Claro que doeu. Doeu até para nós da família que amamos a ex. Mas ainda assim foi honesto. Ela perdeu o marido e não ficou com elocubrações mentais tentado juntar peças do quebra-cabeça.

Meninos e meninas, façam um favor: sejam honestos da hora do pé na bunda. Dói, mas é melhor.

domingo, 13 de maio de 2012

A falta que Potira que me faz

Esse negócio de dia da mães é muito esquisito. Não acho que esse é o pior dia desde que ela se foi. Tem dias piores. Tem dia que eu queria chorar no ombro dela. Tem dia que eu queria bater perna no shopping com ela. Queria muito saber como ela estaria reagindo à nova lei da proibição da sacolinha plástica no supermercado. Ela faz falta todo dia. Faz falta ligar pra ela quando viajo, avisando que cheguei bem. E comprar a lembrancinha dela. É uma lacuna permanente no coração. E, ao mesmo tempo, uma presença permanente. Falta, mas não falta. Sinto ela perto o tempo todo.

Essa semana fui buscar um remédio numa farmácia de manipulação. Paguei e ia saindo, quando a atendente correu atrás de mim trazendo uma rosa, presente de dia das mães. Comecei a chorar na loja. A moça não tem culpa. Ela devia olhar pra mim e supor que eu já fosse mãe. Ou que tinha mãe. Fiquei pensando nessa coisa do comércio. Como isso é invasivo. Ontem fui comprar um presente para uma amiga, e após escolher e tals, o vendedor perguntou se eu já tinha comprado o presente da minha mãe. Ok, é o trabalho dele. Mas e se eu não tenho? e se fui abandonada? e se odeio minha mãe? Nem toda relação é um mar de rosas, a vida não é perfeita, e vem o comércio fazer você expor seus sentimentos. Ou você abre seu coração para um estranho, ou você reage com raiva/indiferença/silêncio. Fica chato de qualquer maneira.

Não sinto falta nenhuma de comprar presente de dia das mães. Mas hoje fiquei sem programa. Não é um domingo qualquer, tem algo diferente no ar. E eu sou uma outsider. Vou almoçar na casa de uma amiga - que ficou orfã uns 7 anos, detestando esse dia, e então ano passado ela virou mãe, e resolveu voltar a comemorar. A vida tem desses ciclos mesmo.

domingo, 6 de maio de 2012

Duran effect

Eu virei fã deles quando eles eram assim...


...culpa da minha amiga de colégio, Patrícia, que amava o Roger e assinava Patrícia Taylor. Pat me emprestou um disco (LP... tô velha?) e claro que eu comprei os outros. Aí eu também assinava Mara Taylor, mas era por causa do John. Coisas de adolescente. Isso era mais ou menos 1984...

2012 está aí e o amor continua o mesmo:


Esta semana fui ao show deles, e é tudo tão maravilhoso! O Estadão publicou uma nota malcriada dizendo que o repertório não muda, e eu aqui achando ótimo! Bom demais esquecer o mundo e gritar como uma histérica no programa do Chacrinha!

Mas o que acho mais legal é a minha empolgação que eu passo pra frente. No show de 2008, levei minhas duas irmãs. Elas curtem porque eu curto (claro, moravam comigo quando crianças e a irmã mais velha ouvia o tempo todo). Adorei ir com as duas e cantarmos juntas. Ter isso em comum. No show desse ano, uma das irmãs foi e levou uma amiga. Essa amiga confessou no carro que também gosta por minha causa, que ia quando adolescente lá em casa, me via ouvindo e pimba. Aproveitei e levei minha Fadinha comigo. Fadinha conhecia mas não era fã. Foi muito engraçado vê-la de boca aberta babando por Simon le Bon. Sim, fiz mais uma vítima.

Tão bom saber quando a gente influencia "positivamente" as pessoas... :D

(quase 30 anos se passaram e eu não sei se gosto mais do John Taylor ou do Simon le Bon - ok, daria para os dois!)



domingo, 29 de abril de 2012

Vazio

(já vou avisando: este post contém grande dose de exagero e abanicos abertos)

Semana passada fiquei bem doente. Gripe, daquelas que derrubam, que tiram a vontade de viver, de respirar, de tudo. Uns 5 dias sem dormir, de tanto tossir. Em uma madrugada, entreguei os pontos e me levei ao hospital, com medo da minha família encontrar meu cadáver sozinho no apartamento, dias depois. Injeção, inalação e repouso. De volta pra casa.

Nos dias que se seguiram, tentando me recuperar, me dediquei a todas as coisas chatas. Responder 1.500 emails, fazer relatórios, imposto de renda, atazanar contador e todo mundo à minha volta. Eu parecia ligada na tomada. Resolvi tudo. Absolutamente tudo. 

Uma amiga escreveu no meu facebook, me desejando melhoras, e para eu tirar aqueles dias, ficar de manha na cama, vendo filmes com o George Clooney. Eu li aquilo e me joguei no trabalho. E fui melhorando. Mas internamente me perguntava porque não me permitia ficar sem fazer nada, vendo George Clooney. Ou meu amigo Javier Barden. Ou qualquer gato gostoso. Não, eu trabalhei. Eu não podia parar.  Eu não parei.

Este fim de semana não tinha nada para fazer. Tinha um convite para uma festa, mas não tive vontade. Não tinha mais email para resolver. Sim, eu passei o rodo. Antes de virar o mês, eu estou tranquila. E estou aqui, roendo as unhas. Alterei minha programação da NET e acrescentei os canais HBO. E fico aqui deitada no sofá completamente inquieta. 

O que está acontecendo comigo? Não sei mais ter a mente vazia? ou é minha mente, meu coração, minha alma que ficam vazios se eu não tenho nada pra fazer? Tudo perdeu o sentido? Qual o segredo de Tostines?


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mara Javier Lisboa

Antes de falar sobre o que realmente importa, vou situar o leitor.

Houve um tempo que, toda vez que eu viajava de avião, algum famoso estava nele (Hoje também deve acontecer, mas provavelmente naquele nível subcelebridade que eu nem reconheço...). Uma vez, indo de São Paulo a Buenos Aires, voei com a Rita Lee alguns bancos a frente. Num vôo Natal - São Paulo, bem mais dramática, veio a vocalista de uma tal de Banda Mel (era naquele tempo das lambadas...) sentada do meu lado. O problema é que ela tinha medo de voar, e eu fiquei o vôo todo segurando a mão dela e a acalmando.

Mas a cereja do bolo foi um avião São Paulo - Recife que eu peguei e o avião quebrou na Bahia, e tivemos que trocar de aeronave. Aquele saco, aquela tensão, pega ônibus interno para mudar de asa, sei lá. Sento no ônibus e para um cara enoooooorme na minha frente, bloqueando o sol. Olho meio de lado, e continuo a conversa com a moça com quem estava falando. Qual não foi meu susto quando o cara grita: "tá me achando sexy???" Viro assustada e reconheço a figura: Falcão. Sim, o cearense doido cheio de margaridas (que estava a paisana, mas não aguentou muito tempo). De volta pro avião, ele passou a viagem levantando da cadeira, me mandando beijo.

Então essa é a situação. Só senta mulher ou homem xarope nos meus vôos. 

Mas a vida, ahhhh essa linda... mal sabia que minha sorte ia mudar! Mas antes de mudar, veio bastante azar. A TAP resolveu ler no seu sistema que 2 passagens eram 1 só, e fez a maior confusão no nosso vôo de volta da Itália para o Brasil. A rápida escala em Portugal se transformou em escala na Alemanha e daí Portugal. Foram quase 36 horas de aeroportos e aviões. Na chegada em Lisboa, estafada, vou lá brigar com a TAP e pedir hotel. Eles dão. Surpreendentemente ainda me deram 170 euros de indenização. Vou lá embaixo esperar a van pro hotel. Estou lá, numa porta, em estado de alerta para reconhecer a tal da van, e minha irmã de plantão na outra porta. E me passa ele...


sim, ele...


Javier Barden. Cabelos compridos, calça pescador, algo que lembrava uma papete. E toda aquela testosterona impregnando o aeroporto de Lisboa. Olhei. Ele olhou pra mim. De repente meu cérebro deu o aviso pro meu olho que era o Javier, e eu presumo que fiz uma cara de susto. Javier começou a rir da minha reação e sorriu. Sorriu para mim. Sorriu.para.mim. Para mim. Eu. Euzinha (Odeio quem fala euzinha, mas nesse caso cabe um euzinha). E andando, exalando testosterona, com as mãos no bolso, provavelmente esperando eu ir falar com ele, pedir autógrafo, tirar a foto. Sorrindo pra mim. E eu embasbacada. Petrificada. Acompanhando ele com o olhar. E ele sorrindo pra mim. Já disse que o Javier Barden sorriu pra mim?

Já me disseram que eu menti. Porque inclusive o timing foi perfeito. Cheguei no hotel e contei no twitter e facebook, e não sabia que no Brasil estava passando Vicky Cristina Barcelona na Globo e 20 milhões de brasileiros babavam nele naquele momento. Mas não posso fazer nada. Não tirei foto. Só tenho Deus de prova e a imagem gravada na minha memória do Javier Barden sorrindo pra mim. Não sei se contei que o Javier Barden sorriu pra mim...

E que essa mudança de celebs de aeroporto seja sinal de boas coisas vindo na minha vida.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Down

Quase 2 meses sem postar. Não por falta de assunto. Tenho tranquilamente uns 7 posts engatilhados na minha cabeça. O que faltou foi tempo, disposição, ou sei lá o quê.

Estou desde ontem me arrastando. Toda a energia sumiu do meu corpo. Primeiro da gripe descomunal que me pegou na última semana, mas que me fez ficar em casa e resolver cada relatório, responder cada email, fazer Imposto de Renda, conferir extratos...

Segundo são as coisas externas que me atingem. De promessas não cumpridas, de relações esquisitas e porque a danada da vida sempre me faz, de tempos e tempos, ter que separar as relações, rotular as pessoas, colocar cada uma no seu quadrado. Eu queria ser aberta, eu queria ter um milhão de amigos (#oi Roberto), mas as pessoas confundem. 

Mas o que está me doendo o coração desde ontem foi a notícia que recebi. A filha da empregada da casa do meu pai MATOU o marido. A nossa empregada veio pedir ajuda, licença, orientação. E a gente fica com cara de q/. A "assassina", é uma menina linda e doce, não consigo imaginar como teve coragem. Parece que foi briga passional, disputaram uma faca, ela pegou e enfiou nele. Caramba. Tudo que eu sinto é estarrecimento por isto acontecer ao meu redor, dó pela mãe dela que tanto sofre. Tristeza por tudo que podia ter sido, por um ato imbecil e a pessoa ferra sua vida pra sempre. Simples assim.

Há 2 anos, fechamos um contrato na empresa com uma senhora. Que tem câncer. E ela usava esse câncer para atazanar a gente de toda forma, criando exigências, prazos doidos. Uma pessoa bem difícil de conviver. E que, como ela dizia que ia morrer, já tinha deixado tudo em ordem em nome da filha. Os pagamentos já era feitos para a herdeira e tals. Mas a gente sempre brincava com essa morte dela, que ela sempre ameaçava, mas que nunca acontecia. Aham. Ela faleceu hoje. Quando recebi o email, fiz uma pequena oração e senti pela filha. Que está passando pelo que passei há quase 3 anos. Será que todo esse preparo da mãe valeu alguma coisa? Ou dói igual?

Agora a noite, estava vendo o noticiário e vi que o ator do interior de São Paulo, que na Páscoa interpretou Judas e se enforcou por engano, morreu. Quando ouvi esta notícia, comecei a chorar. De novo, não conheço, nada tenho a ver. Mas não consigo não me emocionar, lamentar.

Ao que parece, estou um verdadeiro para-raio de energias ruins e dolorosas. Estou sentindo a dor do mundo. Amanhã vou no centro espírita dar uma limpada e reenergizada, senão vou ter um treco.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Day off!

Esses dias foram de muito trabalho. Trabalhei todo o carnaval, dia, noite e madrugada. Tive insônia, tive sono nas horas impróprias, tive ansiedade. Chorei bastante, não consegui relaxar nem nos momentos que deveria relaxar. Tudo por causa de fechamento de balanço, de relatórios cabeludos que todos meus neurônios não queriam colaborar. Acho até que meu olho fez greve e ensaiou uma volta da miopia, zerada há mais de 10 anos com laser.

E hoje... surpresa! Terminei dentro do prazo a montanha de coisas que deveria entregar - quer dizer, "terminei" é querer se enganar, né? trabalho não termina nunca! Acabei às 13:30. Aí, seguindo conselhos da minha coach, que diz que eu preciso me mimar mais (sem ser com comida, ahhhh), resolvi me dar um presente: uma tarde de sono!! com direito a celular e telefone desligado, e se o prédio pegasse fogo, azar que eu não saia da minha cama, essa linda!


De quebra, agora ainda me dei um banho de banheira. Tô gata?

Amanhã a vida volta ao normal. Aliás, nada normal. Mil coisas para deixar em ordem na minha ausência. Na próxima semana viajo a trabalho de novo. Aproveitarei uma semaninha extra para tirar férias. Não vou dizer pra onde vou, só digo que jogarei muitas moedas e farei mil pedidos numa certa fontana. E se der errado reclamarei com o santo padre!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Campanha pela vida

vi esse post num Facebook  qualquer e achei que isso servia tanto... para mim!



Uma vez, tentando me aprofundar um pouco nas teorias espíritas, li que quando se sofre um aborto natural, é porque o espírito que ia encarnar nessa criança teve medo de sua missão, da sua família, dos seus pais, do seu destino. E isso sempre me vem na cabeça quando penso no filho que pedi em 1997. Sim, ele teria hoje 15 anos e eu o estaria enlouquecendo!

Houve um momento na minha vida que eu virei mãe da minha mãe, do meu pai, das minhas irmãs, do meu ex-marido. Aquela que autorizava o que se devia comprar, quanto gastar, onde ir, como ir. E isso sempre foi muito confortável para as pessoas, tenho certeza. Mas isso fez de mim uma control-freak, que às vezes acha que tem que controlar o mundo e proteger as pessoas amadas de todo mal.

E a úncia pessoa que eu não protejo do mal sou eu mesma. E é exaustivo tentar prever o que pode acontecer, viver advertindo as pessoas dos perigos, dos MEUS medos. Não fazer nada por mim, e fazer pelos outros, e quando as coisas acontecem com os outros não conseguir ficar feliz, pois não sei se o sentimento é ciúme, inveja ou preocupação.

Me sinto presa numa armadilha, e hoje tudo o que eu queria era cuidar só de mim.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pagando a língua...


Há uns 2 anos, estava na fila do caixa do estacionamento do Shopping Bourbon com o André, e tinha 2 caras atrás de nós. Um deles se exibia para o outro, que tinha trocado de emprego, reposicionando a carreira dele, que estabeleceu metas, que o coach dele era ótimo. O outro pediu o telefone do coach, que conhecia outro cara que fazia coaching com não sei quem... um papo altamente booring para uma fila de caixa.

André me pergunta então: o que é coach? Eu respondo: uma babaquice importada, coach é o mesmo que treinador e esse cara é um imbecil. 
E eis que a vida, essa linda, dá voltas... terça, dia 24, comecei o processo de coaching.

Moral da história: não fale do que não sabe, não julgue, não diga dessa água não beberei... todos os conselhos que as avós dão desde que o mundo é mundo.

PS: primeira tarefa do coaching: fazer um corte e colagem (oi, primário!) da linha do tempo da minha vida. Xiii, f*%$#@!!!