domingo, 30 de março de 2014

Play the game

No meio desse fogo que estou sentindo, há um mês atrás, postei no Facebook um trecho da música Play the game, do Queen, que tanto amo:

This is your life
Don´t play hard to get
It´s a free world
All you have to do is fall in love
Play the game...

Minha amiga, sabendo de quem eu estava falando, me disse:
- Mara, você não está indo rápido demais? Se entregando rápido demais? Se apaixonando rápido demais? Vocês nem transaram ainda! Você nem sabe se vai ser bom...
Respondi:
- Uma coisa tenho certeza: um homem que beija daquele jeito é impossível não ser bom na cama!

Voltei ao Brasil e vi que tinha razão... *-*

(não tem como colocar o som de um suspiro aqui, então vai a foto mesmo)




quarta-feira, 26 de março de 2014

Declaração de Dependência

Então eu cheguei em Barcelona. Fiquei encantada com a cidade, com o Gaudi, com tudo. E no meio do encantamento, um falecimento: o meu iphone. Em Madri ele resolveu não reconhecer tomadas, usbs. Não dei a atenção devida ao doente terminal. Em Barcelona, ele resolveu me abandonar. Não carrega mais a bateria.

E eu me vi como uma barata tonta. Eu, que sempre achei que se deve desplugar, que os celulares não devem ser extensões do nosso corpo. Me senti nua, me senti sozinha, me senti abandonada. Sério, fiquei com o humor alterado.

A gente se acostuma com o smartphone, com a dinâmica dele. Tinham 12 dias de fotos da viagem lá dentro - que eu ainda não sei se recuperarei! Tinha o whatsap, onde recebia fotos, vídeos e notícias diárias do meu lindo sobrinho. O mesmo whatsap que me mantinha conectada com o gato. Mas não era só isso: era a chance de ter uma dúvida, querer ver um lugar e olhar na internet, toda a conectividade que ele proporciona. E ser privada disso sem aviso prévio desestrutura.

Ok, a vida segue. Tenho a câmera digital - que não tem a mesma graça e agilidade. Tenho o email. Tenho o facebook pra me comunicar com o gato (ufa!). Mas ficou tudo muito estranho. Tudo meio dependente da boa vontade dos outros. Coisa que é difícil pra mim.

Sim, sou dependente. E a primeira coisa que farei na sexta quando chegar ao Brasil é ver o conserto dele. Alguém tem um AA para me indicar?


quarta-feira, 19 de março de 2014

E se?

Fiquei 17 anos com o meu ex-marido, entre namoro, casamento e tentativas de remendo no final. E o 18o ano inteiro esperando ele voltar, o que não aconteceu. Logo que terminamos, achei que a tal da fila andaria rapidinho. Não andou. Nada do que apareceu me interessou, o pouco que me interessou eu mesma me desinteressei por motivos bestas. A verdade é que estava fechada, descobri alguns anos depois. Só não esperava estar fechada por quase 7 anos.

Uma das coisas que sempre pensei era: "puxa, conhecer alguém? começar do zero? ter que contar tudo de novo? preguiça...". Aí chega alguém novo e você descobre que tem vontade de falar da sua infância, dos seus sonhos, do seu passado, dos seus amigos, das músicas que você ouve - ou seja, quer virar uma matraca até espantar o pobre candidato.

É difícil viajar quando se está no meio do olho do furacão. Quando a paixão inicial está com tudo. Quando você quer conhecer mais e mais a pessoa, e quando você quer que ela se interesse por você. Hoje estou em Madri. Penso nele. Quero falar com ele. Mas o danado é que não conheço ainda aquela linha tênue entre ser fofa e ser invasiva. Com o ex, sabia que podia mandar torpedinhos, emails, que não incomodava. E recebia de volta. Com ele, ainda não sei essa medida. Ou, melhor ainda, não sei se ele entendeu que eu sou carinhosa e gosto de fazer parte do dia a dia. Mando mensagem fofa, ele responde apenas com "bjosssssss". Eu broxo. No dia seguinte, ele manda mensagem perguntando como foi meu dia, para eu aproveitar a viagem e tals. Eu fico alegre de novo! Não é a coisa mais ridícula do mundo o seu humor variar de acordo com a atenção dele? [sim, é.]

Tenho medo de estar indo com muita sede ao pote. Tenho medo de parecer carente. Tenho medo de ESTAR carente. Tenho medo de criar expectativa. Mas como não criar expectativas? Estou amando esses dias aqui, mas penso todas as noites ao encostar no travesseiro que na próxima sexta estarei com ele. Que vou matar a saudade do beijo dele. E se ele não vier nesse dia? E se ele se desencantou? Mas não pode ser, estamos nos falando no whatsap todos os dias. E se? E se? E se?

Ai, como é difícil a vida de uma adolescente!



sábado, 15 de março de 2014

Love Roller Coaster

Eu tinha esquecido como era estar apaixonada (estou apaixonada? É isso mesmo? Vou rotular assim?). Não me apaixonava desde 1989! Depois a paixão virou amor, e virou rotina, onde se sabia o que o outro pensava, como o outro reagiria... A vida seguiria feliz, mas sem solavancos.

Aí eu me apaixono. Aí eu viajo. Aí eu não paro de pensar no fulano. Sinto frio aqui em Amsterdam e tudo o que eu queria eram os braços dele para me aquecer. Logo eu que sempre me virei sozinha, que cuido do meu auto aquecimento há anos! 

Li em algum lugar, algum blog, que infelizmente não me recordo qual, que às vezes devemos nos perguntar onde estamos. Ontem me perguntei 2 vezes: "Mara, você está aí?". Não, eu estava lá no Brasil. "Mara, volta pra cá, olha essa tulipa, você gosta de viajar, viva o presente!". Eu sei, Mara. Mas você tinha que se apaixonar agora? Porque você arrumou essa pra sua cabeça?

Me sinto feliz. Me sinto ridícula. Me sinto numa montanha russa. Tudo dentro de mim é intenso. E desconheço totalmente a intensidade do outro lado. E insegurança é uma coisa que desnorteia uma canceriana...


segunda-feira, 3 de março de 2014

Oi, blog!

Como você tem passado, querido blog, companheiro de tantas histórias e reflexões e, claro, bobagens? Mais de um ano que eu não venho aqui! Não que eu não tivesse o que dizer, pelo contrário. Mas acho que nesses últimos tempos quis guardar algumas coisas só para mim. E minha terapeuta.

Passou 2013. Trabalhei muito, passeei muito. Fui pra Paris e fiquei meses com o coração partido com saudades da Mara de uns 15 anos atrás. Fui para Chicago, fui para New York sozinha, e, nossa, adorei viajar sozinha! Ah, virei tia e meu sobrinho tomou meu coração sem que eu estivesse preparada. E tem outro sobrinho a caminho...

Aí entrou 2014 com aquela cara de ano velho. E eu não esperava que fevereiro fosse chegar com uma surpresa. Eu, que aparentemente achava que NUNCA MAIS ia conhecer alguém... conheci alguém. O gato chegou com um xaveco inteligente, escrevendo português correto (como resistir a isso?). Eu fui dura, coloquei umas mil dificuldades. Me convenceu a sair com ele. Então você sai com um estranho e quando você vê está abrindo seu coração, seus sonhos. E vice versa. Um café na livraria virou um jantar de 4 horas. Nos despedimos e ele me beijou... na mão!

No carro, vim pensando: "ferrou". Acho que eu já pressentia que ele ia me conquistar primeiro para depois rolar alguma coisa. O tal do beijo levou uns 4 encontros para acontecer. No dia que aconteceu, eu estava distraída, achando que nem rolaria mais, que já estava na friend zone. E o beijo foi calmo, carinhoso, doce. Fiquei tão passada que não sei se participei do beijo. No encontro seguinte pedi uma 2a chance, pois queria "participar ativamente" (rá!) e isso virou mais ou menos uma hora de pegação no carro, com vidro embaçando, mais clichê impossível.

Não me reconheço mais. Estou parada e lembro do sabor do beijo. Das mãos quentes no meu corpo. da boca macia. Da voz no meu ouvido dizendo "me dá a sua língua!" (eitcha, vai virar blog erótico?). E tudo o que quero é que a coisa continue. Quando vi, estava comprando lingerie nova. Estava fazendo planos. Criando expectativas. Sofrendo por expectativas criadas. Viajo daqui 8 dias para a Europa e, ao invés de fazer roteiros, estou pensando que ficarei 19 dias sem o beijo dele. 

Não sei se ele é disponível para relacionamentos. Não sei se ele quer namorar. Nem eu sei se quero (mentira, não quero agora mas sei que vou querer). Mas estou com vontade de viver o que for. De ir até o fim. Estou até com vontade que dê errado. Para sofrer. Para cantar músicas tipo I can´t live if living is without you e pensar em alguém. Por que isto é viver. E fazia muito tempo que eu não vivia.

Tenho vontade de ser doida, de me declarar, de fazer drama, de postar no face aquelas frases enigmáticas que irritam todo mundo, falando do amor, do sol, das estrelas (ah, as línguas que a gente paga...) Todas aquelas bobagens. Meu coração está cheio de dúvida, de insegurança e de... tesão. 

Vou aproveitar que esse blog está abandonado e não sobrou ninguém para ler para dizer: acho que estou apaixonada... e salve-se quem puder!