quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Inventário 2010

Infelizmente só vi essa indicação da Chá-tice hoje. A proposta do Blog Pequeno Inventário de Impropriedades era todo mundo fazer um post por dia, sobre um tema específico durante todo mês de dezembro. Eu adorei e vou correr atrás do prejuízo. Se segurem!

Dia 01/12 – Peraí... 2010 tá acabando?
Já dizia Lulu Santos: "hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos..."

Dia 02/12 – Mas 2010 ainda não acabou, ainda vou tentar...
Ainda vou tentar começar um programa de exercícios que eu não desista.

Dia 03/12 – Meu filme preferido em 2010
Já falei aqui: 500 dias com ela (nem é de 2010, mas eu assisti esse ano!). Fazia tempo que eu não via um filme tão leve, mas tão cheio de mensagens.

Dia 04/12 – Meu site/blog preferido em 2010
Se eu pudesse fazer uma lista de 10 blogs... ainda assim ficava devendo. Posso dar uma dica: estão todos aí no blogroll do lado!

Dia 05/12 – Um vídeo do YouTube em 2010
Vixe! tantos... Mas assistir o gatinho Maru é sempre um deleite.
Ah, grande sugestão: Desconectar para conectar. Vídeo lindo e uma grande pedida para 2011, 2012, 2013, 2014...

Dia 06/12 – Meu livro favorito em 2010
Cortez: a saga de um sonhador. Meu herói.

Dia 07/12 – Meu parceiro/a de 2010
No céu: minha mãe, sempre.
Na terra: Astor, meu cocker, que não desgruda de mim. Delicinha!

Dia 08/12 – Meu lugar preferido em 2010
Rede na varanda do Sítio Santa Rita

Dia 09/12 – Meu show preferido de 2010
Paul McCartney, Paul McCartney (ok, teve Aerosmith, mas Paul é um Beatle, né?
Cabe dizer aqui que em 2010 consegui ingresso para o show do U2!

Dia 10/12 – Minha música favorita em 2010
Journey - Don´t stop believing - Juro que foi antes do advento do Glee, eu tinha redescoberto esta música! Para sempre acreditar no futuro...

Dia 11/12 – Minha compra de 2010
Essa é óbvia: meu lindo, gostoso, maravilhoso e vitaminado apartamento!!

Dia 12/12 – Meu pior dia de 2010
Todos aqueles que me senti incapaz, pressionada e dominada pelo cansaço. Basicamente, no 1o. semestre.

Dia 13/12 – Meu melhor dia de 2010
Canceriana convicta que sou, todos os dias que estive ao lado da minha família e amigos, curtindo, jogando conversa fora...

Dia 14/12 – Em 2010 eu pela primeira vez...
Recebi uma avaliação de desempenho. Para quem faz terapia há tantos anos, foi muito bom ver como as pessos te enxergam.

Dia 15/12 – Em 2010 eu pensei em fugir para...
O Nepal. Para não ouvir nhé-nhé-nhé na minha orelha.

Dia 16/12 – Em 2010 eu tentei...
Manter minha caixa de email em dia. Falhei solenemente.

Dia 17/12 – Em 2010 eu consegui...
Fazer um treinamento pessoal que foi fantástico. E não posso falar mais que isso.

Dia 18/12 – Em 2010 tive inveja de...
Ai, inveja é um tabu para mim. Toda vez que me martirizo porque acho que estou com inveja de alguém, minha terapeuta me corrige e diz que isso não é inveja, é vontade de mudar. A inveja é a vontade de destruir alguém, e isso eu não sinto.
Mas vamos lá: inveja de quem come doce todo dia e não engorda!!

Dia 19/12 – Em 2010 eu quase...
fui para o casamento do Gustavo em Chicago. Enrolei e o visto venceu.

Dia 20/12 – Em 2010 eu descobri que...
tenho orgulho de algumas decisões que tomei na minha vida.

Dia 21/12 – Em 2010 eu quis matar...
todos os corretores de seguro, o Bradesco e a Credicard. Por serem tão canalhas e inventarem empecilhos para não pagar o seguro de vida da minha mãe.

Dia 22/12 – E o troféu vergonha alheia de 2010 vai para...
um médico que me disse que meu problema não era ser gorda, era ser baixa. Se eu crescesse uns 15 cm, meu IMC melhoraria.

Dia 23/12 – E o troféu me mata de orgulho de 2010 vai para...
Minha irmã Miriam. Sacudiu a poeira e deu a volta por cima.

Dia 24/12 – Meu momento "Eu sou Ryka" em 2010 foi...
Eu rykahh e glamourosa na Pista Premium de R$ 700,00 no show do Paul MacCartney

Dia 25/12 – Meu momento "Heleninha Roitman" em 2010 foi...
Sou chata, e não bebo. Mas sofri com um Heleninho Roitman que me assediou sexualmente, e meus amigos, ao invés de me proteger, tiraram fotos do mico.

Dia 26/12 – Meu momento "Paola Bracho" em 2010 foi...
Dei um Google na Paola Bracho, que eu não sabia quem era. Não, não tenho 2 caras, nem traí ninguém. Que eu saiba.

Dia 27/12 – Meu momento "Carla Perez" em 2010 foi...
O que é ser Carla Perez? rebolar ou falar errado? Se eu não lembro, eu não fiz! hahaha

Dia 28/12 – O problema de 2010 foi...
a absoluta falta de privacidade. De ver TV, de dormir, de trabalhar, de pensar, de acordar em silêncio...

Dia 29/12 – O bom de 2010 foi...
ter esperança e receber vários sinais de que tudo está entrando nos eixos.

Dia 30/12 – Uma foto minha em 2010

(no meio da farra do chá de cozinha da Fê - que não jogou o buquê para mim, DECEPÇÃO DE 2010!)

Dia 31/12 – E 2011?
Em 2011 vou estar no meu cantinho. E, se Deus quiser, vou amar e ser amada. Se o trabalho continuar assim, e eu continuar tendo os amigos que tenho, está mais do que perfeito.

FELIZ 2011!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Miss you already

Faz 12 anos que ele é meu bebê. Já é um senhor na terceira idade, mas acha que é criança. Só quer saber de brincar de bolinha. Eu nem posso fazer exercícios de fisioterapia com a bolinha em casa porque ele rouba. Ele faz charme. Ele faz drama.

Ele sofreu um pouco quando fui embora para casar, há 7 anos atrás. Ficava feliz nas minhas visitas, e sempre ia me mostrar meu antigo quarto, como que dizendo: "não vai voltar? fica aí!". E quando eu dava beijinho de tchau, rosnava e virava de costas. Como sempre disse, esse meu cocker spaniel inglês é praticamente um cocker spaniel mexicano.

Aí minha mãe morreu, e um mês depois eu voltei a morar com ele. Devo ter preenchido o vazio da vovó no coraçãozinho dele. E 4 meses depois, a Poliana, a cachorra companheira dele, se foi também. O Astor se apegou a mim de tal forma, que toda vez que viajo ele fica sem comer. Se eu saio na balada, ele fica esperando na porta, até eu chegar, para ir dividir a cama comigo. Aí ele se esparrama e me empurra pra fora, ronca, fica de boa.

E está muito próximo o dia de eu partir de novo, para o meu apê. Não vou levá-lo. Cachorro que mora em casa com quintal não se adapta à apartamento, aonde vai ficar sozinho o dia todo (na casa dele, ele ainda desfruta da companhia de 3 gatos). Mas estou preocupada em como ele vai lidar com mais essa perda na vida dele.

E como eu vou lidar com essa perda também? tenho alguém que me ama incondicionalmente, que me segue, que me espera, que me faz festa. Como vou ficar sem meu Biwizinho diário?

Já estou com saudades...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Depois sou eu que aguento...

- Vocês aprontam, depois sou eu que aguento...

Essa era a frase que eu ouvia minha mãe dizer sempre. Porque ela era tipo o penico da família: aquela que escuta toda a porcaria, aquela que tem que resolver, aquela que tem que amenizar e harmonizar as relações. E eu, do alto da minha grande sabedoria, dizia para ela:

- mãe, você aguenta porque quer. é só não dar trela, é só deixar que eles resolvam seus problemas entre si.

Aham. Muito fácil falar e dar palpite na vida do outro.

O fato é que, 1 ano e 4 meses depois da partida da minha mãe, eu sinto na pele o que ela passava. A pobre aguentava marido, filhas, irmãs, sobrinhos, empregada, todos sugando a energia dela o tempo todo. E ninguém quer ceder em nada. Todos querem que as coisas funcionem, mas não estão minimamente dispostos a ceder.

Este Natal foi o Natal dos egoístas. Cada um fez o que quis, na hora que quis. E a Mara é quem cuidou de acertar detalhes, encomendar comida, buscar comida, comprar os presentes. As irmãs só tinham que aparecer nos eventos e sorrirem. Aí uma delas apresentou o namorado, e a trouxa aqui passou a véspera de Natal inteira acalmando o pai ciumento. A outra ia mais cedo no restaurante reservar lugar, mas mudou de idéia no meio do caminho e foi visitar um amigo. E a mãe de todos aqui acalmando o pai para esperar a outra para comer. Vejam, todo evento que deveria dar prazer dá stress.

E quando acabou tudo, voltamos para casa. 23hs. Eu ia para a casa de uma amiga passar a meia noite. E o cachorro estava histérico de solidão. Então eu abri mão do programa, e fiquei com o cachorro, sozinha com a internet. Todos se divertem, e eu presa pelo bem estar da nação.

Hoje entendo minha mãe. Desejo do fundo do meu coração que ela tenha se sentido feliz com essa vida tumultuada. Porque eu não estou gostando nem um pouco do lugar dela.

PS: ganha um doce quem adivinhar quem vai ter que comprar as carnes e tudo o mais do churrasco de ano novo!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Dando graças que este é o Natal de 2010, e não mais 2009... venho desejar a você um Feliz Natal.
Que você esteja junto de quem você ama, e que te ame da mesma forma.
Que a alegria e o riso esteja na sua casa.
Que a sua árvore esteja cheia de desejos bons.
Que você tenha paz no seu coração...

E vamos terminar com um delicioso MERRY CHRISTMAS cantado por Duran Duran, Bono, Bowie, Sting, George Michael...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Paciência


Desde menina, muito antes de todo mundo ter computador em casa, eu já jogava paciência. Com o baralho mesmo. Mamãe me ensinou. Também, venho de uma linhagem de mulheres loucas por um buraco e/ou tranca. Sempre temos um baralhinho no jeito.

Quando você abre um jogo de paciência, nem sempre você tem sucesso. Tem que ter (dããã) paciência e ir organizando as cartas, do Às ao Rei, naipe por naipe. E se não dá certo, embaralha e começa de novo...

Estou jogando paciência com este apartamento. Quando decidi que era ele, coloquei os Às na mesa. Assinei o contrato, baixei os 2. Recebi as certidões negativas, baixei os 3. Paguei o sinal, baixei o 4. Aí o jogo ficou meio chatinho, sem conseguir colocar mais cartas. Peguei a chave! Uhuuu, deixa eu baixar os 5! Lavamos a escritura e pimba! olha os 6 na mesa!

Agora... eu quero baixar os 7, mas o danado do eletricista está me dando uma canseira... só depois dele eu posso pintar e baixar os 8. Aí os 9 descem com o cascolac. Depois disso, estarei pronta para chamar a transportadora e baixar os 10. Aí, querido leitor... o jogo vai ficar bom... desço os Valetes quando arrumar minhas roupas no closet, baixo as Damas quando tomar meu primeiro banho de banheira e grito GAME OVER com os Reis de Ouros, Paus, Copas e Espadas colocados com uma festa de inauguração só pros queridos!

Tem que ter paciência!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Zzzzzzzzzzzzzzzzzz

Estava eu na Trash 80, casa noturna paulista que toca clássicos e bregas dos anos 80. E no meio da balada, tocou a música

Silent morning
I wake up and you´re not by my side...

É uma música que fala da tristeza da separação, mas eu me apeguei à essa única estrofe, e com imensa alegria, não vejo a hora de cantar

Silent morning
I wake up and you´re not by my side...

Gente, faz um ano e dois meses que não durmo. Um sono completo, sem interrupções. É telefone tocando, gente gritando, gente falando, cachorro querendo entrar, gato querendo sair, irmã entrando para se olhar no espelho. Eu não vejo a hora de ter uma silent morning, e acordar sem ter ninguém ao meu lado FAZENDO BARULHO!!

Tá chegando, tá chegando!

Quer cantar? se joga aqui!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Transação completada com sucesso!


No dia 24 de março eu coloquei meus olhos e meus desejos nele pela primeira vez. E hoje, 16 de dezembro, o ciclo finalmente teve seu final feliz. Foram 268 dias. 113 emails (sim, sou um arquivo ambulante e guardo t-u-d-o). Negociações, prorrogações, concessões. E hoje, a escritura foi lavrada no meu nome. Transação completada com sucesso, diria o site do Visa.

Mas não foi simples. Nem um pouco. A compra de um apartamento é uma compra absolutamente emocional. No meu caso, pesava que o apê tinha inúmeros atributos que eu queria (tais como banheira e closet), fora aqueles sinais intangíveis: a cor violeta na parede e o fato que a minha mãe conheceu a planta do prédio. É um consolo para mim que não a terei fazendo o brinde de inauguração. Mas, mesmo com toda emoção à flor da pele, a gente tem que pensar em dinheiro, contratar advogados, ponderar, negociar. Em nome da certeza que esse apê era meu novo lar, me submeti à espera de 9 meses até os vendedores poderem se mudar. Foi realmente uma gestação.

Hoje pela manhã me peguei pensando em como tudo deu tão certo. Mas exigiu um certo risco das duas. E falei para minha terapeuta: "Nossa, nem acredito que finalizou tudo, tão certinho". E pensamos em como esse mundo hoje é esquisito: a gente ESTRANHA quando as pessoas são honestas e cumprem com a palavra.

Essa deveria ser a regra, não a exceção. Ainda bem que foi comigo! \o/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Direto do meu umbigo


Lembra deste post, sobre a gentil batida que recebi no meu carro? 50 dias depois, muitos táxis, caronas e carro do pai emprestado, recebo meu possante de volta. E me pego ansiosa - veja só - porque ainda não o levei para conhecer a garagem do novo apê, que muito em breve será sua casinha. (Ok, já estou humanizando o carro, deixa eu fazer uma pausa para o Prozac)

E pensando nisso, e me esforçando bastante para não me magoar, não consigo entender como as minhas 2 irmãs, até o presente momento, apesar dos inúmeros convites, não manifestaram o menor interesse de conhecer meu cantinho. Engraçado. Vários amigos me cobrando visita, festas, open-houses. E minhas irmãs, que eu queria que vissem todas as etapas da reforma, nem tchuns. Nem um pouco dispostas a mudar um centímetro de sua rotina e ir lá ver o espaço, que fica apenas à 4 quarteirões de distância.

Me pego pensando no egoísmo das pessoas. A gente reclama da falta da atenção das pessoas, mas não conseguimos fazer o mínimo por ninguém. Não cedemos nada, nem tempo. Só o nosso umbigo importa. E não percebemos as necessidades das pessoas ao nosso redor. Eu gostaria da presença delas para uma celebração. Se nem para isso consigo, será que consigo num momento ruim?

Ou sei lá. De repente eu também estou pensando só em mim, exigindo atenção, e não estou vendo o lado delas...

Update 15/12 >>> 50% da mágoa resolvida!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deixa eu entrar, deixa...

Amo viajar. E as 2 vezes que fui aos Estados Unidos foram viagens inesquecíveis. Porém, para desfrutar disso, tem o lado ruim da coisa: tirar o visto e passar na alfândega.

Na primeira vez que tirei o visto, há 10 anos, foi um saco. Leva-se todos os comprovantes do seu vínculo com o Brasil. Declaração de IR, holeritts, extratos, documento do carro. E a entrevistadora ficou em dúvida se me autorizava. Daí ela fez a pergunta:

- Porque você não foi para a Disney aos 15 anos?

Quase respondi: "oi, tem lei que obrigue essa viagem, é algum rito de passagem que desconheço?" Mas me segurei, e disse que não fui porque meus pais fizeram a festa (mentira, não tive festa nem viagem, foi uma época de pindaíba danada na família, mas isso é assunto para outro post...)

Ela acabou carimbando meu passaporte. Dez anos se passaram, e lá fui eu renovar o visto. Fui super segura para o consulado. Afinal, já estive lá, não infringi nenhuma lei, e hoje tenho carro, contrato social, apartamento no meu nome... ou seja, não tinha como eu sofrer nenhum constrangimento.

- Você tem irmãos?
- Sim, 2 irmãs
- E porque elas não estão tirando o visto com você?

Caramba! e eu lá tenho que saber da intenção das minhas irmãs de viajar para lá? Não somos siamesas!! Respondi candidamente que não sabia se elas queriam ou não ir, e que eu costumava viajar mais na companhia de amigos.

- Porque? não gosta de sua família?
- ...

A gente passa 4 longas horas lá, tem a vida vasculhada e invadida, e ainda sai feliz e agradecida pelo visto alcançado, amém.

We are the champions, my friend...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

I´ve got the power!!

E o grande dia chegou... peguei a chave do apê!!!

Eu só tenho vontade de cantar isso... não me julguem!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Com que cor eu vou?

E o grande dia está muuuuito próximo. Semana que vem coloco minhas mãos (e pés, e corpo todo) no meu lindo apartamento. E já estou em total polvorosa imaginando as cores do meu novo lar. Mil idéias na cabeça.

Li esse post muito legal, da Lelê do Blog Casa de Catarina, que ela escreveu para o Blog Casos e Coisas da Bonfa, que tratava justamente da escolha das cores. E que rufem os tambores, as escolhidas foram:

Amarelo: Na sequência do laranja, o amarelo também estimula o intelecto. É a cor da luz e do mental. Serve como incentivo à comunicação, aos estudos e ao apetite (hihihi). Em suas nuances mais claras, pode ser usada sem restrição, pois ainda são considerados como cores neutras, mas em seus tons mais fortes é preciso usar com parcimônia, pois pode gerar muito ruído, atritos e confusões mentais.

Violeta: Como é uma cor intermediária, quando em tons mais rosados, estimula o romance, quando em tons mais azuis, estimula a espiritualidade, a meditação, a tranqüilidade. Simbolicamente é uma cor de transformação de energias negativas em positivas. Tida como uma boa cor para a saúde, para acalmar tanto os nervos, o coração e a mente. Como o azul em excesso pode trazer a tristeza e a ansiedade.

Falem a verdade: não estarei linda de sala amarela e quarto roxo/lilás/violeta?

Não vejo a hora de ter meu cantinho pronto para mim!

Off topic, mas não tão off assim: Hoje falei com meu pintor, para perguntar da disponibilidade dele. Ele não pode este final de semana porque está em época de provas na faculdade. Está terminando o 1o ano de arquitetura. Quando o contratei ano passado não fazia nada. Achei tão legal ver alguém investindo em si e buscando sua evolução profissional...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Amor e medo

Ouvi de uma pessoa querida, dia desses, uma frase que está me fazendo refletir. A gente aprende na escola os antônimos: quente-frio, bem-mal, sempre-nunca. E qual o antônimo de amor? a gente responde rapidinho: ódio!!

Não. O ódio é intenso como o amor, é um amor negativo. Mas não é o contrário de amor. O oposto do amor é o MEDO. É o medo que nos impede de nos entregar, de nos envolver, de sentir, de mudar as coisas como são.

Você concorda?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Peso morto

Desde que comecei a fazer terapia, há uns 7 anos, minha terapeuta sempre falou que meu grau de tolerância é absurdo. Que eu me disponho a suportar um peso enorme de relacionamentos, de culpa, de dores. E como carrego tanto peso psicológico e mental, carregar meu peso físico é o de menos.

Existem situações que não reconhecemos este peso de imediato. Não percebemos o quanto toleramos, suportamos e ainda nos sentimos presas, culpadas. Neste episódio que passei, nos últimos dias, com a pessoa que demiti, foi exatamente assim: estava insatisfeita com seu trabalho, e descobri comportamentos totalmente inadequados. Ao invés de resolver o problema, me martirizei por 2 semanas, me sentindo culpada por não estar mais perto, me julguei péssima chefe. Parecia que EU era a vilã, e não ela. Levei dias sofrendo, remoendo, pensando. Claro, na hora que caiu a ficha, fiz o que tinha que ser feito: tchau.

A culpa é algo esquisito. Tem gente que se culpa porque o marido a traiu (ele não é sacana, eu é que estou chata...). E a gente leva um tempo até perceber o que é realmente nosso e o que é do outro. Já é difícil carregar tudo o que é nosso: medos, vaidades, inseguranças, responsabilidades. Se ainda quisermos carregar os outros nas costas... haja problema na coluna!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paul McCartmey, O show!!

Há 17 anos, Paul McCartney veio ao Brasil. Eu estava viajando a trabalho, não pude ir no show. Mamãe foi com minhas 2 irmãs. E eu fiquei com esta lacuna na minha vida: ver um Beatle tocar. Quando foi confirmado o show, veio aquela palhaçada que vem acontecendo a cada grande show internacional que acontece no Brasil: ingressos caríssimos e que se esgotam em um dia (não esqueço nunca do stress que foi para ver U2 em 2006). Com Sir Paul não foi diferente, e não havia mais ingresso em questão de horas.

Praguejei durante todo o mês de outubro e novembro, mas deixei para lá. Disse que ia tentar ver em outro país. Mas quando foi chegando o dia, foi dando aquele aperto no coração... Na sexta, a TV anunciou o "aparecimento" (aham!) de alguns ingressos. E lá fui eu pro Morumbi tentar comprar a pista, por módicos R$ 300,00. Chegando lá, a pista estava esgotada (aham 2!) e só tinha a Pista Prime, pela bagatela de R$ 700,00. Apertei a tecla F, assinei minha entrada triunfal no Serasa e comprei o ingresso.

Nessa segunda, 22 de novembro, choveu. E qualquer chuva para a cidade de São Paulo. Engarrafamento récorde, e é nóis na fita levando 3 horas para chegar no Morumbi. Chegamos faltando apenas meia hora para o início do show. Na hora que entrei percebi que nasci para ser rica, e que foram os R$ 700,00 melhor aplicados da minha vida! Cheguei em cima da hora e fiquei num lugar sensacional, e enxergava numa boa, do alto dos meus 1,54m.


Paul McCartney entrou no palco, e daí não temos palavras para descrever. Não posso dizer que foi o melhor show da minha vida, pois devo lealdade a Bono Vox e a Simon Le Bon. Mas esse show foi épico, tinha uma aura de sonho. Caramba, era um Beatle alí, na minha frente! E ele foi um fofo! brincalhão, bem humorado, atencioso. E durante quase 3 horas ele cantou clássicos dos Beatles e da sua carreira solo. Setlist aqui. De quebra, homenageou Lennon e George Harrison, e foi muito emocionante.

Paul se esforçou para falar português (com colinha básica, óbvio), e fez alí, ao vivo, a melhor composição que eu vi: fez todo mundo levantar a mão e cantar com ele "tchudo bem in the rain, tchudo bem in the rain". Ok, ele compunha melhor com o Lennon, mas tenho certeza que toda vez que chover eu vou pensar nisso e vou sorrir!

Cantar com todo o estádio o nanananana de Hey Jude, Let it be... emoção inexplicável. Logo após o Give peace a chance, teve uma mulher que deu uma de João sem braço, empurrando. Ia brigar, mas resolvi dar uma chance à paz como pedia a música, e não briguei (mas não deixei ela passar, que eu não sou trouxa).

Esse show foi, sem dúvida, momento Top 5 de 2010. Quicá da década. Emoção para vida toda.

E o melhor de viver este momento, era saber que eu dividia ele com minha mãe, no seu camarote lá do céu. Mãe, esse Band on the run é para você!



PS: Olha só... a Rosana foi no mesmo dia que eu, e pelo ângulo, acho que estava bem perto de mim... vejam este post e assistam o vídeo dos melhores momentos que ela selecionou... dá para sentir o que foi esta noite mágica!

domingo, 21 de novembro de 2010

Encrenqueira COM causa!


Eu tenho fama de encrenqueira. Minha família e amigos sabem disso e se divertem horrores com minhas causas. É só eu me sentir enrolada por uma empresa, situação, ou pessoa, eu já estou estrilando. E levo até as últimas consequências. Ninguém me convence a ter conta no Banco Santander. Há 2 anos não entro no Shopping Eldorado depois de ser cobrada por estacionamento abusivo. Eu levo pra Procon, Juizado Especial, ligo pro SAC, pro Papa. Infernizo mesmo. Reclamo no twitter, faço barulho. Sou chata. Faço histórico, anoto protocolos, nomes, jogo na cara. Eu não gostaria de brigar comigo.

E, como diz o ditado, "fez a fama, deita na cama", as pessoas não entendem quando eu não quero brigar. Porque eu exijo meus direitos, mas eu tenho bom senso, e brigo pelo que acho justo. A novidade agora é me atazanar porque a minha mudança está demorando e eu estou aguentando calada.

Aí eu explico: está previsto em contrato que eles podem atrasar até dezembro. Se está previsto em contrato, que eu concordei e assinei, não posso falar nada. Apesar disso, toda semana o casal me passa posição da reforma deles. Eles estão sofrendo na mão de marceneiro, gesseiro, pedreiro e todos os "eiros" possíveis. E me deixam livre para já ir adiantando a minha obra no apartamento que eles não saíram. Ou seja, super corretos e preocupados comigo. Ora, se eu não me sinto LESADA, porque é que eu vou brigar ou pressionar o casal?

E como eu não brigo, e entendo que eles ainda não conseguem me dar uma data correta da mudança (que deve acontecer nos próximos dias), tem gente ao meu lado me ENCHENDO O SACO. Hoje escutei que essa mudança vai ficar para 2011 porque eu sou uma banana. Aí eu explico de novo: está no contrato, se atrasar para 2011 serei remunerada por isso, e eu não vou brigar porque não quero bad karma no meu apê.

Coisa mais chata. Criei a fama de briguenta, mas o que ninguém deve ter percebido é que eu brigo pelo que eu acredito, e não porque gosto de brigar. Não sou tão mal-amada assim!

Nota: a pessoa enchendo o saco não é meu pai, que efetivamente me abriga e me sustenta até o presente momento!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Faça-se luz!

Na Bons Fluídos deste mês tinha um artigo falando da importância da luz. O quanto lâmpadas queimadas e a gente não arrumar logo atrapalha a energia da casa. E que é normal, num ambiente de muito stress, que as lâmpadas queimem muito cedo.

Na hora pensei na sala aqui de casa, palco das encrencas de uma família barulhenta (mas que se ama muito). São 5 lâmpadas no teto, e sempre tem uma com problema para acender, ou queimando logo. E a gente sempre trocando, e enrolando para chamar um eletricista que cheque as instalações.

Depois lembrei do meu ex-apartamento. Dos 3 anos que fiquei casada, acho que uns 2 a lâmpada do quarto não acendia, ou dava problemas. A gente se arranjava com um abajur, que criava um clima mais intimista. Mas a lâmpada fazia falta (como muita coisa naquele casamento fazia falta...). Só arrumei o problema mesmo quando me separei e fiquei sozinha no apartamento.

No meu novo apartamento, se depender de mim, vai ter tanta energia boa que vou instalar um holofote de estádio de futebol! ah, se vou!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Under her umbrella...

Reza a lenda que os guarda chuvas existem para serem esquecidos. Quantos a gente já comprou e já perdeu? Quantos nos pedem emprestado na hora do aperto, e não nos devolvem? Porque o guarda chuva só tem importância na hora da chuva. No resto do tempo, ele é um acessório que incomoda, que atrapalha na bolsa, que molha o carro. Como somos ingratos com ele...

Por essa exata natureza do guarda chuva, aliada à minha conhecida sovinice, eu não gasto dinheiro com isso. Daí que em algum dia de 2009, num passeio no shopping com a mamãe, vi o guarda chuva roxo. Estava lá, na loja da Benetton, enfeitando a vitrine com esta cor que eu adoro. Custava caro demais para um guarda chuva que seria perdido daqui um tempo. Mamãe, como sempre desapegada ao dinheiro e totalmente focada em mimar suas filhas, entrou lá e me comprou o tal guarda chuva.

E hoje eu vivo um stress. Cuido desse guarda chuva como se fosse uma jóia. Quando alguém me pede emprestado, eu empresto ameaçando que a pessoa vai para o inferno se não me devolver, se quebrar. Porque eu nunca vou gastar esta grana em outro guarda chuva. E, mais importante que tudo, quem me deu este guarda chuva nunca mais vai repôr o estoque.

Quando abro o guarda chuva sobre minha cabeça, é como se a mamãe me protegesse, não só da chuva, mas de tudo. E proteção de mamãe é tudo de bom!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

500 dias com ela


Num dia de bobeira, de "zapeação" no controle remoto, acabei assistindo, sem nenhuma expectativa, o filme "500 dias com ela". Sem dúvidas, um dos filmes que mais me tocaram, me divertiram e me fizeram refletir sobre relacionamentos nos últimos tempos.

Tom é arquiteto, mas trabalha como escritor de cartões comemorativos. Ele fica sem chão quando a namorada Summer termina o namoro. E o filme mostra, de maneira não-cronológica, os 500 dias que ele leva entre o início da paixão e o desapaixonar-se.

É um filme delicioso. Não tem como não nos identificarmos em algum dos momentos:
- a comemoração de Tom quando faz amor com ela pela primeira vez. Quem de nós, em um momento de felicidade, não tem vontade de sair cantando na rua?
- a tristeza dele ao ouvir de Summer que passou a acreditar em almas gêmeas e destino depois de conhecê-lo, mas que não foi com ele que ela sentiu isso. Quantos de nós não teve que deixar um amor ir embora porque ele é mais feliz com outra pessoa?
- a sábia irmã de Tom pedindo para ele parar de lembrar apenas dos bons momentos, e ver o que foi ruim também. Quem de nós não precisou de um ombro amigo para fazer a gente ver a realidade e se levantar?
- e a fantástica cena realidade x expectativa. Esta aqui. Quantos de nós sonhamos tanto com um momento, e ele se mostra tão diferente na vida real? O beijo que sonhamos e não acontece? O quanto a expectativa pode nos magoar?

Enfim. Amei o filme. Amei os atores, as cores, a trilha sonora. Contei quase tudo, mas não contei o final. Que é feliz, que é o final que todos nós merecemos.

domingo, 7 de novembro de 2010

Da arte de receber elogios


Recentemente, escutei numa palestra que nós não sabemos receber elogios. Quando recebemos críticas, nos machucamos, interiorizamos, refletimos sobre isso por muito tempo. Mas quando recebemos um elogio, este não tem o mesmo efeito. Nossa primeira atitude geralmente é não aceitar (ah, que é isso? são seus olhos!), diminuir (essa blusa? ela é tão velha e tem essa mancha aqui) ou achar que estamos sendo enganados, que aquele elogio não foi sincero.

O grande desafio é ouvir o elogio, e aceitar enquanto verdade (claro, não vamos esquecer o bom senso e o desconfiômetro em casa). Mas que tal quando alguém elogiar o seu cabelo, responder "obrigada, eu também gostei do corte" e não desviar o elogio da pessoa para a raiz branca aparecendo?

Ontem eu recebi um elogio muito bonito, e resolvi aceitar e guardar comigo. Um amigo disse que eu tinha uma bela qualidade, que era a de sorrir com o olhar. Nunca tinha olhado para os meus olhos com esses olhos, mas gostei de saber que tenho olhos sorridentes.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TOC define


Ter um blog me fez bem. Posso até exagerar e dizer que me salvou. Eu estava há tantos anos mergulhada em planilhas, números e orçamentos, e a minha criatividade deixada de lado. Escrever no blog me fez liberar pensamentos, idéias, bobagens, e como a criança que fui, e já falei neste post, brincar de colorir e enfeitar meu caderno.

Daí que toda coisa boa tem um lado ruim. Eu não consigo ser relax com as coisas. Se eu fico um tempo sem postar, me sinto relapsa e que não dou conta do recado. Às vezes, tenho idéias em horários inoportunos, e deixo para postar depois. E quando vou postar não tenho inspiração. Fico com o tema anotadinho, esperando. E muitas vezes, desisto de falar sobre aquele assunto.

E tem momentos que eu tenho surtos. Tenho idéias para 6 posts de uma vez. Só que eu não vou postar na mesma hora, para não cansar. O suspense e a periodicidade fazem parte deste negócio. Aí você, caro leitor, poderia me dizer: por que não deixa os posts pré-agendados? Querem saber porque? Porque SE EU MORRER, as pessoas vão ver posts publicados após a minha morte, e isso não faz sentido. E se o tema do post do além não for legal e comprometer meu karma?

Quer mais um TOC? E quando alguma pessoa da vida real me diz que leu meu blog? Putz! eu vou correndo no blog ver o que a pessoa deve ter lido, e tento adivinhar o que ela pensou, e se eu não falei nada que soasse como bobagem para aquela pessoa. Insegurança mandou lembranças, beijos.

Vejam bem, caros amigos, como é a cabeça do ser humano. A nossa capacidade de transformar hobbies em dores de cabeça! Parabéns, Mara!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sorria, você está sendo vigiado!


A gente vive na era BBB. Tem sempre alguém de olho. Tem sempre alguém filmando. Não dá para fazer nada de errado, que uma hora vem à tona.

E na vida corporativa, o BBB é ainda mais cruel. A empresa oferece benefícios, tenta motivar, busca treinar, mas, no fim das contas, a matemática é implacável: ou é produtivo, ou não. Ou tem iniciativa, ou é uma mosca morta. Ou faz parte do problema, ou faz parte da solução.

Passei duas semanas difíceis. Uma pessoa, pela qual tinha imensa simpatia, que promovi, que fiz de tudo, me traiu. E eu, manézona, ainda fiquei procurando minha parcela de culpa. "Coitada, se ela fez isso, foi porque eu fui ausente" - como se a ausência de um supervisor justificasse a casa da mãe Joana que aquilo se transformou. Para mim, demitir é a pior tarefa a ser feita. Sofro com um mês de antecedência. Só que parece que, enquanto eu me preocupo com a pessoa e seu futuro, ela não está nem aí com a empresa.

Triste é saber que alguém pensa que você é idiota e que não vê nada. Oi, sou boazinha, educada, engraçadinha, mas estou de olho, viu?

domingo, 17 de outubro de 2010

Sunshine weekend

I can see clearly now the rain is gone
I can see all the obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had made me blind
It´s gonna be a bright, bright sunshine day!

Oh yes, I can make it now, the pain is gone
All of the bad feelings have desappeared
Here is the rainbow I´ve been praing for
It´s gonna be a bright, bright sunshine day!

Look all around, there´s nothing but blue skies
Look straight ahead, there´s nothing but blue skies


Quer cantar comigo? Clique aqui!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Gentileza gera gentileza...

Sexta passada, estava eu, linda e formosa parada no semáforo na Avenida Pompéia, cantarolando minhas músicas (aquele mico habitual), quando sou interrompida por alguém batendo no meu vidro:

- Moça, posso te oferecer uma rosa?

Oi? Olhei e era da Campanha Trânsito mais gentil, da Porto Seguro. Abri o vidro e aceitei a rosa do moço.


Não, não era o Rodrigo Lombardi himself me oferecendo flores. (se fosse, eu sequestrava, saia cantando pneu e vocês nunca mais iam ver uma atualização nesse blog). Como fui tão solícita com o rapaz, ele colou adesivo da campanha no meu carro, e me deu uma lixeirinha e um pirulito - ui, sexy! O sinal abriu e cada um de nós seguiu com suas vidas.

Ontem, terça-feira, um dia depois de escrever um post reclamando que meu carro dorme na rua há 12 meses... tcharam!!! a campainha toca e uma voz do outro lado do interfone avisa:

- oi? boa noite! você pode descer? é que eu bati no seu carro...

Vou lá e meu carro, que estava estacionado bonitinho, andou até a garagem do vizinho. O pneu estourado, acho que uma parte da roda entortada, sei lá. Temos que ver o tamanho do estrago. Fora o saco de ficar sem carro nos próximos dias e na viagem que eu ia fazer no final de semana...

Mas não me saiu da cabeça a GENTILEZA e EDUCAÇÃO do menino. Ele tocou a campainha, avisou, pediu desculpas, estava visivelmente envergonhado. Hoje pela manhã, antes que eu fizesse qualquer coisa, ele já me ligou e passou o número do sinistro da seguradora, para arrumar o meu carro. Só vou cantar vitória no final, mas so far, o menino está sendo um fofo.

Ok, gentileza mesmo seria ele não ter acertado meu carro. Mas é o que tem prá hoje...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Respirando...

E hoje dei por mim: foi no feriado de Aparecida de 2009 que voltei para a casa do meu pai. Meu Deus, faz um ano que estou aqui, acampada. Um ano. One year. Uma prova de resistência do Big Brother, e o prêmio no fim do programa é o meu apartamento só para mim. Ai, mas está demorando tanto para chegar...

12 meses de barulho. 12 meses de assistir tv sendo interrompida. 12 meses acordando com o telefone, com a campainha. 12 meses com meu carro dormindo na rua. 12 meses sem privacidade. (Mas, claro, 12 meses com o carinho do papai. 12 meses dando risada com as irmãs. 12 meses dormindo abraçada com o meu cachorro). Tudo tem dois lados. Mas o lado negativo parece que pesa mais, não é?

Este finalzinho de tempo aqui antes do apê está tão difícil. Está parecendo final de férias: sabe quando você não aguenta mais e quer voltar? Eu estou no meu limite. Amo todos aqui, mas estou precisando muito de um pouco de solidão, de espaço, de tranquilidade.

Até lá, vou tentar seguir respirando...


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eu sejo, tu sejas, ele seja...


Primeiro que a pessoa falou "seje" cinco vezes na reunião. Seje. SEJE. Eu não consigo aceitar conselhos de quem fala "seje". Meu ouvido tampa e eu não escuto mais nada. Bobagem? Pode ser. Eu aceitaria conselhos de alguém que fala "seje" se esse alguém fosse alguém sem estudo, alguém que o único aprendizado foi a VIDA, e sabemos que essa sim ensina de verdade. Agora... um empresário, de camisa Lacoste, exibindo seu IPhone, vir questionar meus métodos de trabalho e falar SEJE? Tsc, tsc. Não aceito.

sábado, 9 de outubro de 2010

Keep the faith!

E nessa semana que eu PERDI o show do Bon Jovi em São Paulo (pausa para lamentação, chororô, mimimi, raivinha e arrependimento) vi uma cena tão legal que mereceu post, olha só...

Hoje, sábado de feriadão. A moçoila aqui resolve ir na José Paulino, rua de compras dos atacados de roupas, na procura das pechinchas da vida. Loucura total. Cheio de gente, de camelôs, de carros, de amarelinho do CET aplicando multas, aquele inferninho. Eu já estava na quarta volta na rua, procurando aonde enfiar meu carro. Eis que um casal se aproxima de uma vaga próxima a mim. Mas a vaga não ia ser minha, pois tinha um carro mais perto.

O rapaz corre na frente da moça, abre a porta para ela entrar, espera ela se ajeitar, fecha a porta dela, somente então vai para seu lado, entra e sai com o carro. Choquei. 2010, gente!! O cara fez toda essa gentileza com a mulher, completamente alheio à toda a muvuca ao seu redor, incluindo a buzina do carro que estava esperando.

Esse tipo de coisa me faz recobrar a fé de que nem todos os homens são iguais, alguns são gentis sim e que o amor é possível. Então, keeping the faith, vamos de Bon Jovi:


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Superpoderes, desativar!

Chega um tempo que a gente tem que admitir que não está dando conta. Que não é a mulher maravilha. Que precisa de ajuda. Que o último ano foi o mais difícil da sua vida. Que o dia só tem 24 horas. Que você é humana.

sábado, 2 de outubro de 2010

Delete o email e aperte CONFIRMA


Existe um velho ditado que diz: política e religião não se discute.

Não se discute mesmo. Pode-se conversar sobre isso, cara a cara, em uma conversa numa mesa de bar. Dialogar, olho no olho, vendo até onde a pessoa vai, até onde o papo não fica pesado. Eu, pessoalmente, odeio quando me empurram teorias e crenças e não faço o mesmo.

E aí chega a época das eleições. E, não bastasse a farra dos nossos políticos, aonde se salva meia dúzia, de repente todo mundo vira politizado. Sim, porque seu grande ato político é... ENCAMINHAR EMAIL. E de repente nossa caixa postal vira um grande lixo de propaganda que seus próprios amigos fazem.

Vira e mexe recebo email de piadinha do Lula que é analfabeto, que é retirante, que não tem dedo. Tem umas piadas que até consigo rir, mas tem outras aonde só se vê preconceito. E veja só, meu pai é um retirante nordestino que "venceu na vida". Não vou estimular preconceito contra nordestino NUNCA.

Este post não é para fazer apologia a nenhum candidato. É mais um post de ETIQUETA de email. Na minha opinião, não se deve encaminhar email sobre assuntos polêmicos para todo mundo que você conhece. Você acha que faz grandes coisas, mas não faz nada. Por exemplo: acabo de receber um email esculachando uma candidata. É o QUINTO email da mesma pessoa falando mal dela. Quem não vai votar nela, não precisa receber 5 emails sobre o assunto. Quem vai, vai se irritar com o teor dos emails. E eu, como fiquei de saco cheio, mandei a seguinte resposta para a remetente:

"Já está claro para mim que você não vota nela. Mas eu voto. Tudo bem? Pode me deixar em paz com esse assunto?"

Não sei se voltarei a receber emails dessa pessoa, mas sinceramente não faz falta. Não gosto de SPAM mesmo... gosto de emails pessoais, de relacionamentos verdadeiros...

Cada cidadão brasileiro tem direito inalienável ao voto, e ele é secreto. Posso ficar com o meu, sem saber do seu?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Manhê, o caminhão da Granero já chegou...

Eu sabia que esse dia ia chegar. Essa decisão devia ter partido de mim, mas não partiu. Por absoluto apego. Mas por mil motivos foi decidida a minha mudança de escritório.

E eu fiquei adiando a mudança. Cada dia por um motivo. Até que eles vieram e encaixotaram minhas coisas. Tudo. Hoje eu tinha mesa, cadeira e notebook. Não tinha grampeador, caneta, mais nada. Fui à uma reunião em outra sala, quando voltei... nem mesa e cadeira tinha mais. sobrou na parede um desenho da minha mãe que eu colei , que eu pretendo fazer um quadrinho. E pronto. Fui transferida.

Eu vou para um lugar melhor. Mas sabe o que é... este escritório, estes móveis, foram o último cantinho da minha mãe. Vamos desativar, derrubar as divisórias e fazer outra coisa. É uma besteira, mas parece que estou destruindo as coisas dela.

Bobagem, vai passar. Vai ser melhor. Mas, por hoje, me deixa ficar triste.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aceitação

Sabe aquela listinha de coisas impossíveis de se atingir? emagrecer comendo chocolate, ganhar na megasena, o Brad Pitt se apaixonar por você... posso acrescentar mais um ítem?

Zerar minha caixa de entrada no Outlook do email corporativo.

It is not gonna happen.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

R$ 10 a primeira hora

Estou sozinha há um bom tempo. Não convém dizer aqui quanto tempo para não chocar o caro leitor. Queria TANTO encontrar um grande amor, me apaixonar... mas nada! Todavia, percebo que um padrão vem se repetindo. Vamos lá:

No antigo prédio que trabalhava, costumava almoçar num restaurante próximo. Quando eu chegava, tinha um manobrista (que minha mãe achava "um pão" - ai, mãe...) que se matava para pegar meu carro, todo sorridente. Ele realmente me dava mole. Mas eu nem tchuns. Achava graça, mas...

No prédio da minha terapeuta, onde vou toda santa quinta, também tem um manobrista. Que me chama de princesa, de patroa, de RYKAHHHH (adorooo!). Ele também me faz a maior festa. Não é tão "pão" que nem o outro e não teve o aval da mamãe, e eu nem tchuns também.

Sábado passado fui almoçar com amigas no bairro japonês da Liberdade. Delícia. Na volta do restaurante até o carro, peguei chuva, e cheguei no estacionamento toda respingada. Seguiu-se, neste momento, A.MELHOR.CANTADA.COM.BR que eu já recebi na minha vida! De quem, de quem? do manobrista! Ele entregou meu carro e CANTOU:

Quando você chegar
tira essa roupa molhada
quero ser a toalha
e o seu cobertoooooor...

Primeiramente teve aquele momento de incredulidade de minha parte. Daí olhei para os lados e certifiquei-me de que era comigo. Depois gargalhei e fui embora rindo. Vou me lembrar para sempre disso e contar para meus filhos.

Peraê! mas acho que a única possibilidade de eu ter um filho é dando para um manobrista, né?

Agora fico aqui matutando porque é que só chove manobrista na minha horta. E se o maior problema é esse, se é o preconceito da profissão, ou é o preconceito do sertanejo ou pagode? ah, isso eu não tolero!

sábado, 25 de setembro de 2010

Assinale a alternativa correta

Qual a melhor atitude a ser tomada após uma rejeição?

A) esclarecer os fatos com a pessoa. Todavia sabe-se que a pessoa está em transe, vivendo em seu mundo imaginário e não absorverá uma só palavra que será dita;

B) ignorar completamente a existência desta pessoa daqui para frente;

C) agir como se nada tivesse acontecido e fingir que ainda sou sua amiga;

D) mandar matar e fazer parecer um acidente.

Eu realmente queria A, mas minha terapeuta explicou que é perda de tempo, pois não estamos falando de gente normal. D não faz meu estilo. C eu não consigo, uma vez que não tenho sangue de barata. Provavelmente, vou seguir com B, mas com uma certa mágoa no coração. Ingratidão depois de tantos anos é duro, viu?


E agora CHEGA. Essa xarope já me levou duas sessões de terapia e um post.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Próxima jogada...

A gente está em constante transformação. Ou quer estar. E quando chega esse momento na vida que você quer mudar tudo em todos os aspectos, você conta que algumas coisas permanecerão estáticas, à disposição aguardando e se adaptando à sua mudança. Claro, porque o mundo gira ao seu redor, ?

E no meio do caminho, uma dessas variáveis (era de se esperar que uma variável variasse, ?) muda de rumo. Claro, porque se depende de seres humanos e seres humanos estão em transformação e querem mudar, como eu. Mas de repente, todo o meu processo voltou à estaca zero porque meu médico do coração foi para outro departamento. Foram cinco anos de relacionamento inutilizados. O novo médico quer reiniciar tudo, me conhecer melhor, blá blá wiskas sachê...

Mas neste momento tão crucial, aonde estou tão cheia de dúvidas, não sei até onde isto não é Deus jogando xadrez, querendo me dar alguma mensagem que ainda não estou conseguindo entender...

De quem é a vez de jogar?


terça-feira, 7 de setembro de 2010

O preço da felicidade

Cada vez mais tenho me questionado quanto custa ser feliz. E hoje, nesse feriadão, li este artigo da Folha, dizendo os valores estimados da felicidade. Ora, ora.

Dos fatores que trazem felicidade, marquei 5 pontos. Dos fatores que trazem infelicidade, marquei 4 pontos. Logo... sou feliz?

Ainda bem que a vida não é tão exata, heim? E sim, ultimamente sinto que a nuvenzinha negra se dissipou... mas daí a chamar de felicidade não é exagero?

(Quer um texto muuuuito melhor sobre felicidade? leia este aqui da minha amiga Lilah!)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quando setembro chegar...

Seis anos morando na minha casa. Daí a vida faz você voltar para a casa dos seus pais (porque escrever casa do pai é muito esquisito, aqui sempre será a casa da mamãe). Só que eu sempre fui muito apegada à minha privacidade, ao meu silêncio ao acordar, e à muitas coisas que não acontecem em casa de Potira. Daí em abril de 2010 você acha o apartamento dos seus sonhos e voilá: ele é seu! mas com uma condição --> entrega em setembro. Mas falta tanto tempo... como vou viver todos esses meses que faltam até setembro?

Para ajudar a passar o tempo (e irritar a família mais próxima), fiz minha versão da música Primavera, de Tim Maia:

Quando setembro chegar
Eu quero estar longe daqui
Pode outubro voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque é primavera
Te amo
Te amo, meu apêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!!!





E eu, que já vinha riscando os dias no calendário (igual a preso na cadeia, saca?), celebrando o fim de agosto, dando aviso prévio para meu pai, recebo, neste dia 31 de agosto, uma ligação dos donos do apê, dizendo que tiveram um problema com o apê deles e que a mudança terá que ser adiada de 2 a 3 meses.

(pausa para paramédicos com desfibriladores agirem rapidamente)

Eu devo estar aqui para aprender alguma lição. A paciência é uma virtude. Ou que com agosto não se brinca. Ou o santo do meu cachorro, que não quer que eu vá, é muito forte.

Anyway... a letra da música foi alterada para "Quando dezembro chegar..."

domingo, 29 de agosto de 2010

Histórias sem final

Como falei no post anterior, estava eu nesta minha fase de ronda em blogs de amigos e desconhecidos. E acabei achando um blog simplesmente delicioso chamado Chá-tice (que de chato não tem absolutamente nada!). Nesse blog teve um danado de um post que eu tomo a liberdade de transcrever aqui:

"Você conhece um cara. Perfeito. Tem certeza que ele é o cara que vai esquentar suas orelhinhas nos próximos invernos. E ele nunca mais te liga.

Você decide fazer uma plástica. Adeus, barriga; alô, peitos. Até já se imaginou desfilando de biquininho na praia. E descobre que nunca vai poder pagar pela cirurgia.

Você compra um vidro de palmito. Finalmente vai fazer aquela receita genial que está marcada há quatro meses na sua lista de favoritos. E o palmito tem um gosto estranho.

É isso. Algumas histórias só tem começo."

Achei este post perfeito, senti uma ponta de inveja, quis chamá-lo de meu, descobri que tenho TOC e fico imaginando situações e outras histórias que tem começo e não tem meio nem fim.

Acho que eu precisava ler este post. Muita gente precisava ler este post. A gente vai com tanta pressão, tanta sede, tanta esperança em cima de tanta coisa. E às vezes é isso mesmo, a história nem é uma história. Obrigada, @chatice, por tentar deixar tudo mais leve.

(aproveitem e devorem o blog Chá-tice todo!)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Just around...

O nome deste blog é Mente que bloga. Só que ultimamente a coisa anda assim: eu mentalizo, mas não blogo. Então eu minto que blogo. Ai que trocadilho infame. Pode trocar de blog, caro leitor.

Sério. Ao invés de postar, tenho passeado bastante nos blogs dos amigos. E caído em alguns blogs desconhecidos, uns muito bons. (Anotei todos, nos próximos dias vou atualizar o blogroll). E li uns textos que me inspiraram a escrever textos. Mas fica chato escrever texto do texto. Então estou ficando só com meus botões.

Mas quando você menos esperar, estou de volta! Keep the faith!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mais 5 anos de vergonha!

Em 2005, fui renovar minha CNH. Num dia de muita pressa, não lembro por qual motivo, fui tirar foto no Shopping Eldorado. O estágiário maledeto tirou a foto e, lá de dentro do balcão, virou o monitor para mim e perguntou se eu gostei. No meio da minha pressa, dei de ombros: "tá ótimo." Ele perguntou:
- quer que eu tire as olheiras?
eu, no auge da minha pressa (sabe Deus do quê!!!), disse:
- pode tirar.
- quer que eu tire as manchas da pele?
aí eu resolvi brincar:
- se puder me fazer perder uns 30 quilos, tá perfeito.
Rimos todos, paguei, coloquei no envelope, fui embora correndo, deixei a foto na auto escola e tchau. Aí você, caro leitor, me pergunta se eu olhei a foto. Não, eu estava com MUITA pressa, sabe Deus o motivo. O que nesta vida teve tanta importãncia, meu Deus??

Quando eu vou buscar a CNH... Eu não tinha bochecha. Meu queixo e meu pescoço era um órgão só. Meu olho era um risco sem a bochecha dando o suporte. Um horror. Quase um Jabba The Hut. Passei 5 anos com este documento na minha carteira, aguardando a chegada de 2010 para a inutização dele.

E chega 2010. Fora o fiasco de ter sido reprovada na primeira prova (culpa da vontade de ir ao banheiro, que por sua vez é culpa da metformina), resolvi dar atenção à foto. Claro, milagre a gente não faz, mas pior que 2005 não ia ficar. Fui lá, tirei foto, conferi de perto. Tudo certo. Como se sabe, tenho um problema de pele no rosto, chamado rosácea, que deixa a pele um pouco avermelhada, mas estava sob controle. Foto aprovada. Entreguei na auto escola.

Hoje recebo a CNH. É quase isso:


Juro. O Detran me deixou tão branca, que a rosácea ficou tão vermelha, que eu estou quase fazendo as pintinhas e tocando "fagulhas, pontas de agulhas, brilham estrelas de São João... babados, xotes e xaxados, segura as pontas, meu coração..."

Em 2015 vou levar logo a foto do Bozo e encerrar de vez esse martírio. Não nasci para ter CNH decente.