quinta-feira, 29 de abril de 2010

Notícias de uma galáxia distante

O tempo tem um aspecto muito positivo: ele transforma as coisas. Quantas coisas que nos irritam, atormentam, incomodam, e com o passar do tempo perdem totalmente a importância? Mas é bom rever essas coisas, e como diz o ditado, "quem ri por último ri melhor". Lembra desse causo que tanto me aporrinhou no mês de setembro de 2009? Leia aqui e aqui.

Aí hoje recebo no meu orkut a seguinte mensagem, vinda de um tempo tão longínquo, de uma galáxia tão distante, de uma ex-vizinha amiga:

"Por aqui, tudo indo. O seu "ex-senhorio" ainda não alugou o ap., acredita? Continua vindo pra cá, fica sentado no banco por horas a fio, aguardando os interessados, mostra o ap., mas, como pede muito pelo aluguel, não consegue nada. Ele é insuportavelmente chato! Agora diminuiu um pouco o valor, mas nem assim. (...)"

Tento não ser tão vingativa. Mas não consigo evitar esse sorrisinho irônico aqui. Essa situação me irritou tanto ano passado. Me mudei para a casa do meu pai, meio acampada, abri mão de minha privacidade temporariamente. E fui recompensada com o apê dos meus sonhos, para o qual me mudo em setembro (curiosamente, um ano depois...). E Brito Jr? aquele espertalhão, dono da verdade, que é o único esperto que sempre leva vantagem? Tá aí... gastando um dinheiro que não tem para pagar condomínio de um apartamento vazio. Quem mandou ser ganancioso e ingrato? Bem feito.

Ah, o tempo...

domingo, 25 de abril de 2010

Malévola feelings

Era uma vez uma menininha.

A menina era fofa. Era boa filha, estudiosa. Nunca deu trabalho para ninguém. Era a melhor amiga de todo mundo. Ela cuidava das amiguinhas, ligava, animava, ajudava, consolava. E quando suas amiguinhas estavam felizes, a menina ficava feliz igual. Não importava se sua vida estava chata. Ela vivia a felicidade das amiguinhas.

Um belo dia, porém, ela parou de ficar feliz. Uma amiguinha casou, e ela ficou triste. Outra amiguinha teve um nenê. Ela ficou desolada. Outra amiguinha viajou o mundo inteiro, e a menina ficou com vontade de largar a escolinha e aproveitar a vida. E outra amiguinha conseguiu não voltar a engordar. Então a menina olhou para dentro dela e ficou muito decepcionada, assombrada com o tanto de sentimento ruim que tinha dentro dela. "Que coisa feia sentir inveja, menina! Você é superior a isso!", ela dizia a si mesma. Mas ela não conseguia se convencer. Ela não estava feliz. Não conseguia sentir bons sentimentos. Não conseguia ser a boa menina que sempre foi.
E ela se sentiu a Malévola, que na fábula da Cinderella lançou a maldição da roca de fiar somente por não ter sido convidada para um batizado. E a menina se deprimiu. Não estava gostando desses sentimentos ruins que não passavam no seu coração.

Só que a menina tinha uma fada-madrinha:
E a fada explicou para a menina que ela não era uma má pessoa. Que ela não era invejosa. Que ela não desejava coisas ruins para as outras pessoas. Na verdade, o que ela sentia era muito bom. Isso significava que a menina FINALMENTE estava se colocando na frente dos outros. Ao ver as amiguinhas conseguindo as coisas, ela via que queria também e tinha direito a isso. E seu coraçãozinho estava se recusando a ficar apenas com as migalhas de felicidade vindas das amiguinhas: ela queria o pacote completo.

E que é essa insatisfação que vai fazer a menina sair do lugar e lutar pelo que quer.

(nota de esclarecimento: não se alegrar com a alegria dos outros não significa desejar o mal para o outro, ok?)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A dualidade das coisas

Como diz a música de Lulu Santos, que eu amo:

Não existiria som se não houvesse o silêncio
não haveria luz se não fosse a escuridão
a vida é mesmo assim
dia e noite, não e sim...


Parece que é isso mesmo. Ao passo que alguma coisa boa acontece na sua vida, aparece outra para atrapalhar. E, quando está tudo ruim, aparece alguma coisa boa para melhorar seu humor. Não existe felicidade ou infelicidade absoluta.

No meio de tanta mudança chata na minha vida, de coisas burocráticas da minha mãe ainda para resolver, ontem eu assinei o contrato do meu apartamento

[pausa no post para uma comemoração: \o/\o/\o/\o/\o/ ]

deixa eu falar de novo: MEU apartamento. (Ok, vou pagar um belo financiamento aí alguns anos, mas é MEU!). E daí, no meio dessa alegria, vem uma encheção de saco da Credicard, do Bradesco (todos eles podem morrer no inferno, ok?). E tem um lance na empresa me incomodando demais, e ainda não sei como resolver. Então eu penso: poxa, acabei de conquistar meu apê, mas minha cabeça continua ocupada com essas coisas chatas?

Fora a saudade maluca daquela "senhoura" que resolveu nos deixar há exatos 8 meses.

Então este post é para dizer o óbvio: nada é 100% bom ou 100% ruim. Mas eu ainda estou conseguindo ver o lado bom disso: a parte do apartamento é permanente. Todas as outras são temporárias. Ufa!

domingo, 4 de abril de 2010

Renascimento


A festa da Páscoa é a festa do renascimento, da renovação. E como estou sentindo isso hoje. Estou com minha vida estagnada há uns 3 anos, e encontrar o apartamento dos meus sonhos e SABER QUE ELE É MEU deu um gás totalmente novo na minha vida. E é assim que me sinto: renovada, pronta para as outras coisas boas que eu quero e o Universo vai me dar.

(Sim, o post está meio Paulo Coelho, mas who cares? sentir esperança é bom!)