quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mara Javier Lisboa

Antes de falar sobre o que realmente importa, vou situar o leitor.

Houve um tempo que, toda vez que eu viajava de avião, algum famoso estava nele (Hoje também deve acontecer, mas provavelmente naquele nível subcelebridade que eu nem reconheço...). Uma vez, indo de São Paulo a Buenos Aires, voei com a Rita Lee alguns bancos a frente. Num vôo Natal - São Paulo, bem mais dramática, veio a vocalista de uma tal de Banda Mel (era naquele tempo das lambadas...) sentada do meu lado. O problema é que ela tinha medo de voar, e eu fiquei o vôo todo segurando a mão dela e a acalmando.

Mas a cereja do bolo foi um avião São Paulo - Recife que eu peguei e o avião quebrou na Bahia, e tivemos que trocar de aeronave. Aquele saco, aquela tensão, pega ônibus interno para mudar de asa, sei lá. Sento no ônibus e para um cara enoooooorme na minha frente, bloqueando o sol. Olho meio de lado, e continuo a conversa com a moça com quem estava falando. Qual não foi meu susto quando o cara grita: "tá me achando sexy???" Viro assustada e reconheço a figura: Falcão. Sim, o cearense doido cheio de margaridas (que estava a paisana, mas não aguentou muito tempo). De volta pro avião, ele passou a viagem levantando da cadeira, me mandando beijo.

Então essa é a situação. Só senta mulher ou homem xarope nos meus vôos. 

Mas a vida, ahhhh essa linda... mal sabia que minha sorte ia mudar! Mas antes de mudar, veio bastante azar. A TAP resolveu ler no seu sistema que 2 passagens eram 1 só, e fez a maior confusão no nosso vôo de volta da Itália para o Brasil. A rápida escala em Portugal se transformou em escala na Alemanha e daí Portugal. Foram quase 36 horas de aeroportos e aviões. Na chegada em Lisboa, estafada, vou lá brigar com a TAP e pedir hotel. Eles dão. Surpreendentemente ainda me deram 170 euros de indenização. Vou lá embaixo esperar a van pro hotel. Estou lá, numa porta, em estado de alerta para reconhecer a tal da van, e minha irmã de plantão na outra porta. E me passa ele...


sim, ele...


Javier Barden. Cabelos compridos, calça pescador, algo que lembrava uma papete. E toda aquela testosterona impregnando o aeroporto de Lisboa. Olhei. Ele olhou pra mim. De repente meu cérebro deu o aviso pro meu olho que era o Javier, e eu presumo que fiz uma cara de susto. Javier começou a rir da minha reação e sorriu. Sorriu para mim. Sorriu.para.mim. Para mim. Eu. Euzinha (Odeio quem fala euzinha, mas nesse caso cabe um euzinha). E andando, exalando testosterona, com as mãos no bolso, provavelmente esperando eu ir falar com ele, pedir autógrafo, tirar a foto. Sorrindo pra mim. E eu embasbacada. Petrificada. Acompanhando ele com o olhar. E ele sorrindo pra mim. Já disse que o Javier Barden sorriu pra mim?

Já me disseram que eu menti. Porque inclusive o timing foi perfeito. Cheguei no hotel e contei no twitter e facebook, e não sabia que no Brasil estava passando Vicky Cristina Barcelona na Globo e 20 milhões de brasileiros babavam nele naquele momento. Mas não posso fazer nada. Não tirei foto. Só tenho Deus de prova e a imagem gravada na minha memória do Javier Barden sorrindo pra mim. Não sei se contei que o Javier Barden sorriu pra mim...

E que essa mudança de celebs de aeroporto seja sinal de boas coisas vindo na minha vida.

2 comentários:

Penny Lane disse...

Aaaaaaaaai que inveja!!!!! morri lendo seu post rsrsrsrs

bjs

Miriam disse...

Lindinha, confirmo que é verdade, por que essa LOUCA veio com uma cara de UÉ para pegar a van ao Hotel e nao parou de falar a noite inteira desse cara.... que, sinceramente, nao faço a minima ideia...Depois de todo o stress, vc mereceu o Javier sorrindo pra vc!!! Bjs te amo!!!