sábado, 30 de maio de 2009

A palavra NÃO

Não sei se sou uma pessoa conformada, mas quando me falam NÃO, eu acredito.

Você não quer mais namorar comigo? OK, eu não vou implorar para você voltar.
Você não quer me emprestar dinheiro? OK, eu vou procurar outro banco.
Você não me atende ou não responde meus emails? OK, vou falar com outra pessoa.
Você não quer comer mais? OK, não insistirei que coma outro pedaço.
E por aí vai...

Agora, por que é que não mereço ser tratada com este mesmo respeito?
Tem uma situação muito recorrente na minha vida, tanto na vida profissional quanto pessoal. As pessoas não acreditam no meu não. Será que eu não enfatizo suficientemente?

O problema é que eu falo não. Mas as pessoas não escutam. Ou não querem escutar. E ficam me ligando. Aí eu não tenho saco para falar não de novo. Simplesmente deixo de atender. Então elas passam a reclamar para pessoas próximas que eu não dei resposta. Sim, eu dei resposta. Só não dei a resposta que queriam ouvir, daí se acham no direito de ficar insistindo. Eu não atendo mesmo, mas confesso que às vezes me sinto culpada por isso...

Um exemplo recente: um gerente de banco da conta da empresa, que cuidou muito bem de nós por uns 3 anos, mudou de banco. Veio me contar, dar o contato da outra instituição. Quando ele falou que era Santander, dei um belo abraço nele, desejei sucesso na sua vida profissional, pois sei bem como ele é competente, mas que nossa empresa não iria jamais abrir conta neste banco, que inclusive estamos processando por umas barbeiradas passadas.

Quando ele finalmente tomou posse do cargo, veio novamente me visitar, trazendo os formulários de abertura de conta. Agradeci, desejei sorte de novo, mas educadamente recusei pois odeio este banco. Ponto final. Ponto final para mim, né? Para ele não. Ele me ligava toda semana, inclusive no celular. Eu não atendia. Aí ele começou a bombardear meu email. Eu respondi o primeiro deles, dizendo estar ocupada, por isso não retornei os recados da caixa postal, mas que realmente não interessava abrir outra conta. Um ano depois, ele continua me mandando emails mensalmente, e de quebra fuça meu orkut. Estou quase deletando.

E daí, no fim das contas, ele reclamou para uma amiga em comum que me procura sempre mas eu não dou retorno. PQP, que retorno ele quer? eu disse que não vou abrir a merda da conta. Preciso dizer isso toda semana?

Na vida pessoal é assim também. Eu digo que não vou poder sair essa semana, e a pessoa insiste: manda email, liga no celular nas horas mais impróprias, manda SMS. Só que essa procura, ao invés de me deixar lisonjeada, me deixa muito irritada e me afasta cada vez mais da pessoa. Aí eu começo a evitar qualquer contato. Daí a pessoa reclama que eu me afastei...

Uma dica para conviver bem comigo: quando eu disser não, é não mesmo! e deixe espaço para eu respirar, por favor!

2 comentários:

Anônimo disse...

E onde está a palavra "Sim"?

Mara disse...

Com o SIM eu não tenho problemas, baby!