quarta-feira, 27 de abril de 2011

Morfeu, me dá uma chance?

E daqui a alguns minutos terá início uma nova relação de amor, companheirismo e apoio. Comprei um travesseiro novo.

Meu travesseiro deve ter uns 25 anos, pelos meus cálculos. E não, não faça cara de nojinho. Eu coloco no sol, eu troco capa protetora (até porque ele já se despedaçou inteiro...). O fato é que ele é o único que eu gosto. Ele é fino e durinho. E quando eu deito dá para dobrar a pontinha. Sim, eu entendo a afeição de crianças pelo seu paninho. As pessoas amam aqueles travesseiros enormes e plumosos de hotéis. Aquilo para mim é o inferno e só aguento por tempo determinado.

Minha faxineira vira e mexe dá sermão sobre ácaros. Meu ex-marido reclamava sempre. Mas as pessoas chegam e partem da minha vida e meu travesseiro fica. Me dando bons sonhos, segurando lágrimas de vez em quando, e até já presenciou momentos de felicidade, tão raros hoje em dia.

Hoje eu cedi. Vi numa loja um travesseiro mais fininho. Ele é molinho, mas acho que vai dar para fazer a dobradinha de ponta. Eu concordo que está na hora de me libertar e deixar o meu travesseiro seguir o curso da vida útil dele (a.k.a. LIXO), preciso reciclar a energia e blablabla wiskas sachê. A vendedora da loja aparentemente entende desse tipo de situação. Tanto que sugeriu que eu descartasse o antigo antes de dormir com o novo, senão o corpo vai e procura o conhecido. Ela bem tem razão, né? não se dorme com marido e com o amante na mesma cama!

Me desejem sorte e uma relação feliz e duradoura com meu travesseiro!

3 comentários:

Fabi disse...

Sei bem como é isso, tenho uma camisolinha (a.k.a. trapo) desde os 15 anos.
Boa sorte com o novo travesseiro, que daqui há uns anos, ele tenha boas histórias pra contar!

Terla disse...

hahahahaha, gente, um objeto de transição ETERNO.

Terla disse...

hahahahaha, gente, um objeto de transição ETERNO.