quarta-feira, 26 de março de 2014

Declaração de Dependência

Então eu cheguei em Barcelona. Fiquei encantada com a cidade, com o Gaudi, com tudo. E no meio do encantamento, um falecimento: o meu iphone. Em Madri ele resolveu não reconhecer tomadas, usbs. Não dei a atenção devida ao doente terminal. Em Barcelona, ele resolveu me abandonar. Não carrega mais a bateria.

E eu me vi como uma barata tonta. Eu, que sempre achei que se deve desplugar, que os celulares não devem ser extensões do nosso corpo. Me senti nua, me senti sozinha, me senti abandonada. Sério, fiquei com o humor alterado.

A gente se acostuma com o smartphone, com a dinâmica dele. Tinham 12 dias de fotos da viagem lá dentro - que eu ainda não sei se recuperarei! Tinha o whatsap, onde recebia fotos, vídeos e notícias diárias do meu lindo sobrinho. O mesmo whatsap que me mantinha conectada com o gato. Mas não era só isso: era a chance de ter uma dúvida, querer ver um lugar e olhar na internet, toda a conectividade que ele proporciona. E ser privada disso sem aviso prévio desestrutura.

Ok, a vida segue. Tenho a câmera digital - que não tem a mesma graça e agilidade. Tenho o email. Tenho o facebook pra me comunicar com o gato (ufa!). Mas ficou tudo muito estranho. Tudo meio dependente da boa vontade dos outros. Coisa que é difícil pra mim.

Sim, sou dependente. E a primeira coisa que farei na sexta quando chegar ao Brasil é ver o conserto dele. Alguém tem um AA para me indicar?


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