quarta-feira, 8 de junho de 2011

Jogando a vaca da torre

É, o mundo dá voltas. E na correria dessas voltas, a gente nem percebe as voltas acontecendo.

Era uma vez uma mulher. Vamos chama-la de Mara * (*nome fictício, rá!). E ela estava vivendo uma enorme crise no seu casamento. E o casal tinha uma amiga, vamos chamá-la de Vaca (Le Vaquê, carinhosamente falando). Le Vaquê era francesa. Mara e seu marido deram total guarida a Le Vaquê. Foram amigos. Emprestaram panelas, edredon, seu tempo precioso. E o casamento da Mara em crise. Daí Le Vaquê volta para França. E só depois disso, Mara fica sabendo que Le Vaquê deu em cima de seu marido o tempo todo, dentro de sua própria casa. E Mara não percebeu isso porque confiava na Vaca, no marido e estava totalmente absorvida com seu problemas, e não percebia os sinais que estavam no ar.

Mara quase em depressão com a traição de Le Vaquê (porque uma coisa é desejar o marido de uma pessoa, outra é se fazer de amiga para roubar informações), e marido propõe que se faça uma viagem, para salvar o casamento. Para Paris, a cidade do amor. Mara entra em histeria, e grita que NUNCA, NUNCA, NUNQUINHA, NEVER, EVER irá pisar na terra de Le Vaquê. Que uma bomba caia naquele país.

Cinco anos se passam. Casamento acabou, vida seguiu. Mara vai ter que fazer uma viagem a trabalho para uma cidade européia. Filha de Deus, resolve que vai tirar mais uma semaninha e conhecer outra localidade. E escolhe Paris. Porque Paris é linda, precisa conhecer. Conversa com pessoas, vê sites, escolhe coisas.

Mara conta seus planos de viagem para sua terapeuta. E esta começa a rir e pergunta: Mas não era você que nunca pisaria na França?

Mara olha para a terapeuta com cara de tacho... tinha ESQUECIDO do acontecido... É... quando a coisa perde importância, a gente foca no que realmente importa: nossa felicidade e sonhos.


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