terça-feira, 29 de junho de 2010

Cápsula do tempo

Semanas atrás, assisti um quadro no Fantástico muito interessante. Uns estudantes escreveram cartas para si mesmos sobre o que gostavam, o que estavam fazendo, e aonde estariam daqui há 10 anos. E chegou o momento de abrir a cápsula do tempo. Teve gente que fez exatamente o que previu, teve gente que mudou de idéia. Teve uma menina, que me emocionou muito, que estava arrependida de ter escrito tanto sobre Backstreet Boys e não ter falado de sua família, e neste meio-tempo ela perdeu a mãe, que ela não percebia a imensa importância que tem na sua vida. É, amiga. Perder a mãe é um divisor de águas na sua vida.

Estar reunida com minha família a cada 2 anos é uma verdadeira cápsula do tempo também. Quando venho aqui e vejo a vida que meus primos, de mesma faixa etária que eu, levam, imediatamente começo a refletir sobre a minha vida. Vejo muitos trabalhando, outros desempregados. Muitos casados, poucos solteiros como eu e minhas irmãs. Quase todos tem filhos. E eu começo a pensar se eu não estou atrasada, se eu perdi tempo, o que estou fazendo da minha vida.

Engraçado. Quando estou em São Paulo, gosto da minha vida, das minhas coisas, do meu ritmo. Acredito que as coisas vão acontecer no seu tempo. Me sinto jovem. Aqui, me sinto de meia-idade, encalhada, sozinha, sem solução. Quase fazendo bobagem e desistindo do meu sonho, que eu tanto acredito e acho que tenho direito.

Adoro estar aqui. Mas é péssimo para minha auto-estima.


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