terça-feira, 29 de julho de 2014

Hear the sirens

Hear the sirens... hear the sirens...
hear the sirens... hear the circus so profound...

É... você disse que eu saberia quando tivesse acabado. Que não tinha acabado ainda. Que você seria claro e direto e me contaria. Mas você não me contou como seria o durante. Que eu deveria sufocar, que eu deveria prender, que eu deveria esperar. Que eu deveria colocar você e seus desejos de solidão acima de tudo, até de mim. Desculpa, isso eu não posso. Não posso perder minha essência. Não posso me perder de mim mais uma vez. Tudo o que tenho sou eu mesma, não posso abrir mão.

Foi bom te ver mais uma vez. Deve ter sido a última. Pelo menos provei seus lábios mais uma vez. Senti suas mãos quentes nesse dia frio em São Paulo. Dormi sorrindo. Mandei e recebi mensagem carinhosa, isso aquece o coração. Mas alguns dias depois a realidade bate na porta, não tem como ignorar.

Já que não tenho botão DEL no coração, ataquei tudo que é tangível. Emails, mensagens, whatsaps, inbox do face, fotos. Não vou ler mais promessas antigas. Não tenho mais seu telefone para te ligar, nem por engano. Não vou mais sonhar com reconciliações, pedidos de desculpas nem com o seu corpo na minha cama. Não vou fazer planos. Vou seguir. Vou esquecer. Life goes on, diz o ditado. Let it go, diz a música. Entrega, confia, aceita e agradece, diz a yoga. Ok, vou obedecer.

Oh, it´s a fragile thing, this life we lead
If I think too much I can´t get over...

A dor que vou ter que superar é de ter tido a sensação da minha alma ter reconhecido a sua. E é muito triste isso acontecer na vida e você ter que abrir mão. Você sempre será um capítulo na minha vida. Fui feliz, me senti completa. E quando gostamos não queremos que termine. Mas se o outro lado não quer, não gosta, se sentiu preso, não está pronto, não reconheceu, não há muito mais o que ser feito. Se humilhar não é bonito, sofrer não é sexy. E minha natureza é ser feliz, é brincar, é dar risada.

Queria ser malcriada e dizer aqui que um dia você vai se arrepender de ter me dispensado, que um dia vai ser tarde demais. Mas realmente não penso isso. Você é uma pessoa muito especial, e eu espero que não se arrependa de nada. Espero que seja feliz. E se um dia eu passar pelos seus pensamentos, dê um sorriso. E siga em frente.

Por tudo que significou, eu te amo.

Want you to know that should I go

I´ve always loved you, held you high above true
I study your face, the fear goes away...

(Sirens - Pearl Jam)

https://www.youtube.com/watch?v=qQXP6TDtW0w


domingo, 6 de julho de 2014

After

Não sei se é motivo de orgulho ou de preocupação, mas eu nunca fui boa em disfarçar emoções. Quem me conhece vê na hora, pelo meu rosto, meus olhos, se eu estou triste, feliz, preocupada. Canceriana, né? Porém, além do meu corpo dizer tudo, eu ainda gosto de falar. E falo mesmo. Sabe o tal do livro aberto? Prazer, Mara.

Isso funciona bem quando as coisas vão bem. Mas descobri nos últimos tempos que devemos guardar algumas coisas apenas para nós mesmos. É bom falar com os amigos, pedir conselhos, ser consolada, conhecer outros pontos de vista. Mas tem coisa que só a gente sabe, só a gente viveu, só nosso coração sentiu. E chega uma hora que não adianta mais ficar explicando. Acene com a cabeça e siga em frente.

Foi bom esse tempo ter passado. Achei que ia me despedaçar mais. A gente escuta tanta coisa: "se for seu, volta" "o que é seu está guardado" "não apresse o rio" "o mundo dá voltas". E tudo isso é bem verdade, mas quando estamos no meio do problema não conseguimos esperar essa volta do mundo. Queremos saber quem guardou aonde o que é meu. Mas sim, existe vida. Sempre.

Não sei se é a yoga, se é o tempo, se é esperança no coração, se é o mês de julho que chegou... estou bem.