sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pagando a língua...


Há uns 2 anos, estava na fila do caixa do estacionamento do Shopping Bourbon com o André, e tinha 2 caras atrás de nós. Um deles se exibia para o outro, que tinha trocado de emprego, reposicionando a carreira dele, que estabeleceu metas, que o coach dele era ótimo. O outro pediu o telefone do coach, que conhecia outro cara que fazia coaching com não sei quem... um papo altamente booring para uma fila de caixa.

André me pergunta então: o que é coach? Eu respondo: uma babaquice importada, coach é o mesmo que treinador e esse cara é um imbecil. 
E eis que a vida, essa linda, dá voltas... terça, dia 24, comecei o processo de coaching.

Moral da história: não fale do que não sabe, não julgue, não diga dessa água não beberei... todos os conselhos que as avós dão desde que o mundo é mundo.

PS: primeira tarefa do coaching: fazer um corte e colagem (oi, primário!) da linha do tempo da minha vida. Xiii, f*%$#@!!!


sábado, 14 de janeiro de 2012

O causo da hélice

De um mês pra cá, toda semana alguma peça de roupa volta para o meu armário rasgada. Roupas que eu gosto e me fazem falta. E eu estranhando muito, porque a Cida, minha fiel escudeira e braço direito E esquerdo, nesses 7 anos de relacionamento, nunca aprontou nada.

Nesta quinta fui falar com ela. Ela me devolveu a pergunta: "onde VOCÊ anda rasgando essas roupas? tinha uma semana passada que rasgou toda uma costura, e eu estou achando que você trouxe um HOMEM para cá e fizeram um sexo meio selvagem"

(pausa para eu rir muito e sonhar com sexo selvagem, desses que rasgam a roupa...)

Juntas, saímos para investigar o ocorrido, uma vez que a hipótese do sexo selvagem foi descartada. E logo achamos o culpado: duas pás da hélice da máquina de lavar estavam quebradas e pontudas. Agora o problema número 2: aonde eu arrumo isso? Meodeos, vou virar dona de casa reclamando de eletrodomésticos???

E me vem uma saudade doida da minha mãe. Ela é a pessoa que me indicaria a pessoa certa pro serviço. Como sinto falta dela quando vou tomar um remédio: eu sempre ligava antes para perguntar se naquele caso era melhor Novalgina ou Dorflex. E hoje eu tenho que descobrir tudo o que falta sozinha...

(sim, eu sei, vou ligar na autorizada da Brastemp e vão me indicar. Mas eu queria a minha mãe me mimando, oras!)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Chaticebook

Juro, pessoal, se tem uma coisa que odeio é ser dona da verdade. Morro de medo de ser assim. Mas quando me dou conta estou lá em cima do Monte Olimpo dizendo como as pessoas devem se portar. Eu devia entender e aceitar que as pessoas vivem como querem.

Já tem uns 2 meses que considero sair do Facebook. Sério. Pensando friamente, a minha vida ficará melhor. Menos informação para administrar. Tem uma coisa que o FB fez e ninguém percebe. Antigamente, a gente conhecia pessoas, e elas eram só conhecidas. Hoje, você vai num barzinho com amigos, e um amigo leva um amigo. Que sentou do outro lado da mesa e você só saiu na mesma foto na hora do parabéns. Pois é. Alguém que você conheceu de vista. Aí essa pessoa te adiciona no Facebook. Teoricamente vocês se conhecem, tem amigos em comum, não deve ser um serial killer. Mas e eu tenho intimidade o suficiente para que ele veja minhas fotos em Noronha? que veja meu cachorro, o evento profissional que eu participei?

E essa pessoa, que deveria ser um conhecido DE VISTA, agora faz parte da sua vida. Você sabe dele. Você sabe que ele é palmeirense e fala mal do seu time. Você sabe que ele é de escorpião e fica postando foto do sapato preferido do signo (?!?!). Ou seja, é too much information. Eu não preciso saber de tudo da vida de quem eu não vou ver nunca mais! E o pior, quando ele ainda é ousado e se mete na conversa que você tem com outras pessoas, dando palpite, ou colocando um singelo kkkkkk ou um O.o. Saco. Eu me sinto invadida de um tanto que nem Freud explica.



Mas, Mara, porque você não sai? Porque eu ainda gosto de algumas coisas. Gosto de ter contato com a minha família distante. Ver as fotos do casamento da filha da minha prima que mora em Natal e eu não fui. Aí eu vejo minha família bonita. Reencontrar pessoas. Dar risadas de algumas coisas. Postar uma foto gostosa de uma viagem.

O problema é que, estatisticamente, esse prazer está sendo esmagado pela CARÊNCIA das pessoas. Aí eu volto naquele ponto onde eu não gosto de julgar, mas julgo. Eu acho que uma pessoa não deve postar mais que uma vez por dia. Senão, cada vez que você abre a página, está lá o fulano. Recitando uma bela frase de (aham) Clarice Lispector. Ou compartilhando Humor no face, piadas do estilo Zorra Total. Ou clamando a Deus em toda sua glória, abençoando cada palavra daquele post. Ou enchendo o saco com a bebida do seu signo, o sorvete do seu signo, o sapato do seu signo, o modess do seu signo. E olha, se eu que sou canceriana - o apego em pessoa - não curto, imagine os outros! Caramba!

Eu fui bloqueando todo mundo que aparece muito, e que não compartilha nada de consistente, ou compartilha essas tranqueiras. Nessa semana, fui olhar minha página e fiquei 5 HORAS sem atualização. Ué? Matei a charada: era o povo bloqueado. Aí, xarope como sou, fui fazer a estatística: de 341 amigos, 113 estavam bloqueados. Gente, é 33,2% de bloqueio. É muita chatice per capita!

Bloqueio e fico com dó, porque vai que a pessoa poste algo que me interessa, ou algo de relevante, tipo morte, doença, algo que eu gostaria de estar por perto? Então, como uma nova tentativa de ano novo, desbloqueei todo mundo. Nos primeiros 5 minutos já tive vontade de rebloquear 2. Mas estou segurando.

As pessoas não se dão conta do quanto são inconvenientes. Do quanto estragam as redes sociais. Lembro de uma vez que acessei uma comunidade dos Beatles no meu extinto orkut. Tinha um tópico que falava no seu título: BRASILEIROS, POR FAVOR NÃO COMENTEM NESTE, POR FAVOR. Algo nesse tipo. Pois as pessoas estavam conversando em inglês, falando sobre um tema específico, brasileiro entrava e comentava em português, a menina bonitinha comentava embaixo e começava o clima de azaração e fugia do tópico. E lá se foi o propósito do post. E lá se foi o propósito do orkut. E lá se está indo o propósito do Facebook.


sábado, 7 de janeiro de 2012

Hater

Eu acho interessante. Já tinha falado algo parecido nesse post, sobre a inveja. A pessoa se sente tão relevante, tão especial, que todos ao seu redor a invejam. Sério, não existe nenhum outro sentimento possível a não ser inveja.

De um tempo pra cá, a inveja (coisa de orkut) virou HATER (coisa de Facebook, bem mais phyno!). Você para de falar com a pessoa porque ela é hater. Você não posta coisas no seu Facebook para os haters não verem. Se não gosta do seu blog, é hater. Meu Deus!Será que as pessoas vivem para desejar o seu mal?


Eu seguia esse perfil acima. Frases bonitinhas e tal. Aí quase todo dia tem frase de hater. Peguei essa aleatoriamente. Mais de 100 retweets. Porque as pessoas se sentem assim: não posso sentir tristeza, não posso ficar sozinha, não posso ficar mal para não alegrar meus haters. Sim, porque o mundo do seu hater gira ao seu redor, e ele só sobrevive de você. Aff.

Uma pessoa, que foi minha amiga, num ato de insanidade, passou a me considerar uma hater. Acho triste. E acho engraçado. Porque passo tempos e tempos sem lembrar que ela vive na face da Terra, e ela postando histórias de hater no twitter dela. Às vezes a pessoa necessita de um hater para se sentir importante, né?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Diálogos

- Fá, você não sabe! Conheci uma pessoa tão interessante... nossa... rolável!
- Ah é? uauuuuu! me conta?
- Ah, mas acho que nem rola...
- Mas porque a gente é assim? nem aconteceu e a gente já desiste...

É, porque a gente é assim?