domingo, 31 de julho de 2011

Life

Há 15 dias, eu estava num momento stalker de facebook alheio, e achei esta figura nas fotos de um amigo do amigo de uma amiga (gente doida que deixa álbum aberto para gente desconhecida... tsc tsc tsc). Roubei na hora e coloquei na minha tela do computador.

Interessante como, cada vez que reflito sobre alguma coisa que quero mudar, olho para esta imagem e é incrível como alguma frase salta aos meus olhos e me responde o que preciso. O STOP OVER ANALYSING (Pare de analisar tanto) tem sido uma coisa meio fundamental que estou tentando fazer.

Esses dias, estava meio insana atrás de chocolate, e li WHEN YOU EAT, APPRECIATE EVERY LAST BITE (quando comer, aprecie cada pedaço), e olhei para mim e vi que estava comendo sem pensar.

IF YOU DON´T HAVE ENOUGH TIME, STOP WATCHING TV (Se achar que não tem tempo, veja menos TV). Fiz isso com a redes sociais. Tirei 4 dias de folga. Nossa, não morri nem ninguém morreu! E consegui resolver coisas pendentes.

Tem uma frase aí, que não vou dizer qual é (RÁÁ!) que está me pegando. Estou tentando fazer. Só sei que estou repensando minhas posturas. Esta semana, depois de meses de mágoa com uma pessoa, resolvi dar um passo de conciliação. Recebi de volta um carinho tão inesperado que me desestruturou. Acho que estava muito apegada nesse círculo da mágoa. Sair dele foi bom. Não sei se seremos felizes para sempre, mas é bom se libertar de maus sentimentos.

E você? que frase te pega nessa figura?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O desleixo

Eu acredito na lei do retorno. Aquela do aqui se faz, aqui se paga. Por isso, sempre tento ser uma pessoa melhor. Claro que tropeço bastante. Mas tento sempre entender o lado do outro.

A internet é terra de louco e gente desalmada, que acredita na impunidade do anonimato. Então, encontramos declarações insanas de homofobia, de ódio a nordestino, ridicularização de gente gorda, feia, desdentada, velha. E quem nunca riu que atire a primeira pedra.

Mas, como eu ia dizendo, eu não gasto muito neurônio com esse povo porque eu acredito na lei do retorno. Acredito que cada imbecil homofóbico irá um dia ver algum ente querido se assumindo, e terá que lidar com isso. Acredito que a pessoa possa um dia ser ajudada por um nordestino, ou conhecer a região a fundo e ver como são pessoas boas e como é a realidade (difícil) deles. Acho que em algum momento a pessoa, que tanto se vangloria de seu corpo, e julga os gordos, pode um dia engordar, ou ter alguém próximo e querido sofrendo este preconceito, e começar a ver a pessoa como um ser humano, não um monte de pelanca ambulante. Ou seja, meu pensamento é esse: se você sentir na sua pele, você vai respeitar.

Aí eu abro o UOL e vejo a seguinte notícia em destaque:

PQP. Tantos avanços tivemos com a ciência e a medicina garantindo que a coisa não é tão simples assim. Tem questão de genética, é uma doença, etc e tal. E que a TV oprime, a moda oprime, a mídia oprime, que as pessoas que as propagandas mostram são irreais. Aì vem essa senhora, lá do limbo do quase esquecimento. Ex-miss, atriz que engordou muito após gravidez, resolveu se aproveitar do excesso de peso e volta a TV. E na oportunidade que ela teria de mostrar ao mundo que é possível ser feliz do jeito que é, se achar bonita do tamanho que estiver, ela solta essa pérola e diz que só engordou por desleixo, e aproveita para marcar ainda mais a crença de que os obesos são desleixados.

Para que colaborar se pode ferrar ainda mais, né?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Avon chama!

Semana passada faleceu a Carminha, prima do meu pai. Muito amiga da nossa família, estava sempre por perto. Carminha falava alto, se intrometia em tudo, sem noção, mas era daquelas pessoas sem maldade e folclóricas, que a gente relevava tudo. Além disso, desde que me entendo por gente, ela vendia Avon. Nos últimos anos, incluiu Natura e tupperwares no seu portfólio. Sua maior e absoluta cliente? Minha mãe. Nunca tive coragem de perguntar, mas tenho certeza que o padrão de renda da Carminha caiu vertiginosamente após a morte da minha mãe.

Na última vez que vi Carminha, a gente discutiu. Por uma bobagem: eu não consegui ligar o vídeo para o meu pai, e ela gritou que eu tinha má vontade com ele. Dei risada, achando que era uma brincadeira, quando percebi que não era, fiquei tresloucada de ódio. Bati boca. Meu pai mandou deixar pra lá. No mesmo dia, mais tarde, ela brigou com outras 2 pessoas. Daí percebi que não era pessoal. E mais um tempo depois entendemos que já era a doença dela tomando posse de seu cérebro. Hoje damos risada daquele dia de brigas com todo mundo da família.

Carminha morreu, e fui na missa de sétimo dia. Converso com o filho dela, ofereço apoio, etc e tal. Ele diz que está bem, e que tem certeza que a mãe está contente no céu com seu catálogo da Avon reconquistando todo o mercado perdido. Olho para minha irmã e dizemos na mesma hora:

- Ufa! mamãe finalmente vai ter o que comprar por lá, depois de 1 ano e 11 meses de abstinência!


Amanhã, dia 26, é aniversário da minha mãe, vai ter lasanha no céu, e chegou mais um para comemorar com ela.

Feliz aniversário, mãezinha. Você nunca sai do meu pensamento. Te amo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Da arte de aguardar uma resposta de email


Das coisas mais pavorosas de se fazer no mundo: mandar um email. Após algum tempo, mandar um torpedo avisando que mandou o email. Avisar no Twitter que mandou email. Avisar no Facebook que mandou um email.

Queria aqui escrever um manual prático do MEU método de resposta de emails.

1. Partimos do pressuposto que o email chegou. Pode confirar. Principalmente se nós nos conhecemos e trocamos emails, ou seja, conhecemos e confirmamos nossas @.com.br, então ele chegou, não há dúvidas. A não ser que você entupa meu email de correntes, orações, teorias da conspiração, eu não te moverei para a pasta SPAM.

2. Sobre a Pasta SPAM: Encheu meu saco com power-points, correntes, piadas do século passado, povo que perdeu o rim na banheira? SPAM. É uma pessoa querida, de meu convívio? Não vai pro SPAM, mas esses emails eu não responderei. Não vou ler. Não clico. Nem vou mandar de volta para ver o que acontece. E tenho certeza que não acontece nada.

3. Eu recebi seu email sobre um assunto que eu devo responder, e não respondi? Segue abaixo o que pode acontecer:
a. Eu não considerei uma prioridade responder, e foi pro fim da fila. Ele será respondido quando for possível.
b. Eu ainda estou refletindo sobre o assunto, estou estudando alternativas, e não tenho uma decisão tomada.
c. Eu não quero responder.

Sim, eu sei que é angustiante. Já mandei emails que esperei muito por resposta. Já mandei carta de amor por email e fiquei esperando um sinal. Masvocê tem que entender que as coisas não acontecem na sua velocidade. Você mandou o email, a bola está com o destinatário. Aguarde. Ou não aguarde e siga com sua vida sem essa resposta. Mas pelo amor de Deus, não mande outro email ou SMS ou tweet ou telefonema para cobrar essa resposta!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Midnight in Paris


Woody Allen é assim, uma coisa ame ou odeie. Bom, eu amo. E estava aqui doida para ver "Meia noite em Paris", pelo simples fato que vejo tudo do diretor, e segundo porque em outubro estarei em Paris, e nada como babar com antecedência.

Momento confete: que homenagem linda ele faz aos artistas dos anos 20: Hemingway, Fitzgerald, Gertrude Stein, Picasso, Dali, Monet e tantos outros. Não sou intelectual e não conheço toda a obra dessas personalidades, mas é tocante ver a humanidade que Allen os trata, e o efeito que conhecer essas pessoas causa em Gil.

Mas acho que o mais legal foi ver que Gil precisou viajar no tempo para ver que ninguém nunca está satisfeito com sua vida, com seu tempo, e sempre idealiza outros tempos, outras situações, outras realidades. Melhor ainda foi ele fazer essas viagens no tempo, e quando voltava pra realidade ele percebia o quanto o relacionamento dele era abusivo, e o quanto ele se anulava, com aquela noiva chata dos infernos (É, eu costumo ficar do lado das meninas, mas essa não merecia não!). E melhorias a gente faz nessa vida, não na passada nem na futura!

Além disso, Paris como cenário para uma mudança de vida, né? Amei. Quero pra mim!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ouvido seletivo

Meu pai escuta a TV cada vez mais alto. E nós sempre reclamando. Até que minha irmã se cansou e marcou uma consulta no otorrino com ele, para averiguarmos a situação. A escolhida da vez para acompanhá-lo fui eu.

Primeira consulta: Explicamos à médica a situação. Ela diz que isso é muito comum, e muito provável pela idade dele. Pede uma audiometria pra sabermos a dimensão da perda. Aproveita e dá uma olhada em ouvido, nariz e garganta, e diz para ele que fisicamente está tudo certo, agora precisamos saber com o resultado do exame se funcionalmente está tudo bem.

Na saída do consultório, ele vira pra mim e diz:
- viu como estou bem? fui elogiado.
- pai, você ouviu o que ela disse? que está tudo bem, mas precisamos saber se o ouvido escuta, por isso o exame.
- não, ela disse que está tudo certo.

E fim de papo. Passou o mês, fez o exame, marca retorno, e hoje vamos lá. Na sala de espera ele já ameaça:
- se mandar usar aparelho, eu não vou usar. Não preciso, é desnecessário que nem o óculos para dirigir!
- se o senhor não vai fazer o que a médica pedir, para que estamos aqui?
- para ela ver que eu estou muito bem.

Entramos no consultorio. A médica constata uma perda auditiva moderada. Explica que é normal da idade. E sugere o uso de aparelho auditivo. Indica 5 lojas, dá uma carta de encaminhamento onde iremos emprestar o aparelho para ele ver qual se adapta melhor, daí fazer um teste com ele, e apenas então comprar o aparelho. Ele então pergunta qual a porcentagem de audição perdida. Ela diz que não dá para quantificar, mas diz para ele não se preocupar, que está no nível normal, só requer uma atenção. E que em termos de compreensão das palavras entende 100% do que é dito, mas precisa que seja mais alto. O que não afeta muito o convívio social dele, que é o mais importante. Ele só teria problemas, por exemplo, ao assistir uma novela, onde muitas pessoas falam ao mesmo tempo.

Saímos do consultório, entramos no elevador e ele diz:
- viu como estou bem? não preciso mudar nada na minha rotina!
- pai, você estava no mesmo lugar que eu? não ouviu o que ela disse?
- ela disse que eu precisava do aparelho para ver novela. Eu não vejo novela, não preciso.

Fim.

(Não sei se me preocupo ou se fico inveja do meu pai, pela capacidade de ouvir só o que lhe interessa...)

sábado, 9 de julho de 2011

40 and fabulous!

Posso falar?

Eu gosto do dia do meu aniversário. Acho 09/07 uma data cabalística. E é feriado em São Paulo, é nome de avenida. Gosto mesmo. Gosto de receber o carinho das pessoas e gosto de comemorar com quem amo. Coisa de canceriana mesmo.

E eu tô pouco me lixando com a idade. Entrei nos enta mesmo, gente. Eu sempre achei que meus trinta foram mais legais que meus vinte. Então, quero crer que nessa década que inicia muita coisa boa vai acontecer comigo.

Tive dias bem difíceis nos últimos tempos, mas esse inferno astral veio mais como um céu astral. Não que grandes coisas tenham acontecido. Mas estou conseguindo que algumas coisas na minha vida fluam melhor, pareço estar mais organizada, mais consciente de algumas coisas. E quando a gente tem consciência a gente lida melhor com as coisas boas e ruins. Então, inicio esta década cheia de esperança.

Feliz aniversário pra mim!


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Síndrome de Potira

Estava eu no supermercado fazendo a compra das bebidas pra festa de aniversário. Apreensiva, pois eu só bebo refrigerante, então não sei a melhor marca de vinho, de cerveja, a quantidade normal. Noção zero. Mas graças a Deus a internet está aí para facilitar a vida de ignorantes como eu. Achei um site que diz a quantidade de bebida por pessoa. Desconfiada, cliquei em mais dois, que confirmaram a informação. Ok, então: 73 pessoas x 400ml de refrigerante = 30 litros de refris. Ou 15 garrafas de 2 litros.

Pego as 15 garrafas. Olho pro carrinho, dá medo que falte. Pego mais 4 cocas-zero. Só por precaução. Vou pegar cerveja e água. E resolvo pegar mais 4 guaranás. Daí eu grito: "Potira, sai desse corpo que não te pertence!" e devolvo os guaranás na prateleira.

Potira, minha saudosa mãe, era o exagero das compras em pessoa. Tinha 5 pessoas pra jantar e ela pedia 4 pizzas com medo que não dessem. Sobravam 2. Para ela sempre tinha que sobrar do que dar certo. O momento mais absurdo foi na 1a festa que fiz no meu antigo apartamento, no meu 1o ano de casada. Inventei de servir salgadinhos. Escolhi 5 tipos. E claro, fui me aconselhar com minha mãe sobre quantidades. Filha, são 6 salgadinhos por pessoa. Se são 5 tipos, então é 30 por pessoa. Confiei na minha mãe e fiz a encomenda.

Quando fui buscar na padaria, com meu antigo Clio e seu porta-malas ridículo, e começou a sair 956.278 bandejas lá de dentro, comecei a me desesperar. A festa foi uma piada: eu comecei a obrigar todo mundo a comer sua cota de 30 salgadinhos. No final, ainda fizemos gincanas e brincadeiras de adivinhação, e quem perdesse comia um salgadinho. Salgadinho virou castigo. A empregada foi embora com 8 bandejas lacradas. O porteiro idem. Os mendigos da rua ganharam vários. Foi assim. Uma orgia salgada.

E quando me vi hoje, absolutamente enlouquecida querendo levar 50 garrafas de 2,5l de refrigerante, percebi o tanto de Potira que tenho dentro de mim. Que bom. Que saudade daquela insana para eu pegar no pé.

sábado, 2 de julho de 2011

Por isso eu fico sóbria

Sabe quando eu falo das mentiras que a pessoa conta no Facebook e afins? É disso que estou falando (de novo). Mas é que eu não aguento. E eu preciso escrever este post pra não sair dando uma de louca e falando as verdades para idiotas.

Aí no Facebook (naquele processo de orkutização que já já vai me expulsar) está essa moda de escrever frases de efeito e todo mundo copiar e colar no seu mural. Tem a dos salários de professores, da melhor amiga, do pai. E agora apareceu essa dos irmãos:

Dei um print na tela. Falei semana passada com a irmã deste cidadão que postou isso. Ela teve um problema no útero e teve que retirá-lo, há 2 meses. E nesse interím o marido foi embora de casa. Está passando por problemas terríveis. E na nossa conversa ela revelou a mágoa de que tudo isso aconteceu e ela não recebeu sequer um telefonema do irmão. Sim, esse mesmo que posta no Facebook que está junto para segurar a mão e ama de coração.

Meu filho, você não está segurando nem um telefone, que dirá segurar a mão de alguém. Idiota.

(acho que é por isso que eu não bebo. acho que se bebesse eu ia sair apontando essas coisas na cara das pessoas e alguém me assassinaria. Certeza.)