quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Manhê, o caminhão da Granero já chegou...

Eu sabia que esse dia ia chegar. Essa decisão devia ter partido de mim, mas não partiu. Por absoluto apego. Mas por mil motivos foi decidida a minha mudança de escritório.

E eu fiquei adiando a mudança. Cada dia por um motivo. Até que eles vieram e encaixotaram minhas coisas. Tudo. Hoje eu tinha mesa, cadeira e notebook. Não tinha grampeador, caneta, mais nada. Fui à uma reunião em outra sala, quando voltei... nem mesa e cadeira tinha mais. sobrou na parede um desenho da minha mãe que eu colei , que eu pretendo fazer um quadrinho. E pronto. Fui transferida.

Eu vou para um lugar melhor. Mas sabe o que é... este escritório, estes móveis, foram o último cantinho da minha mãe. Vamos desativar, derrubar as divisórias e fazer outra coisa. É uma besteira, mas parece que estou destruindo as coisas dela.

Bobagem, vai passar. Vai ser melhor. Mas, por hoje, me deixa ficar triste.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aceitação

Sabe aquela listinha de coisas impossíveis de se atingir? emagrecer comendo chocolate, ganhar na megasena, o Brad Pitt se apaixonar por você... posso acrescentar mais um ítem?

Zerar minha caixa de entrada no Outlook do email corporativo.

It is not gonna happen.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

R$ 10 a primeira hora

Estou sozinha há um bom tempo. Não convém dizer aqui quanto tempo para não chocar o caro leitor. Queria TANTO encontrar um grande amor, me apaixonar... mas nada! Todavia, percebo que um padrão vem se repetindo. Vamos lá:

No antigo prédio que trabalhava, costumava almoçar num restaurante próximo. Quando eu chegava, tinha um manobrista (que minha mãe achava "um pão" - ai, mãe...) que se matava para pegar meu carro, todo sorridente. Ele realmente me dava mole. Mas eu nem tchuns. Achava graça, mas...

No prédio da minha terapeuta, onde vou toda santa quinta, também tem um manobrista. Que me chama de princesa, de patroa, de RYKAHHHH (adorooo!). Ele também me faz a maior festa. Não é tão "pão" que nem o outro e não teve o aval da mamãe, e eu nem tchuns também.

Sábado passado fui almoçar com amigas no bairro japonês da Liberdade. Delícia. Na volta do restaurante até o carro, peguei chuva, e cheguei no estacionamento toda respingada. Seguiu-se, neste momento, A.MELHOR.CANTADA.COM.BR que eu já recebi na minha vida! De quem, de quem? do manobrista! Ele entregou meu carro e CANTOU:

Quando você chegar
tira essa roupa molhada
quero ser a toalha
e o seu cobertoooooor...

Primeiramente teve aquele momento de incredulidade de minha parte. Daí olhei para os lados e certifiquei-me de que era comigo. Depois gargalhei e fui embora rindo. Vou me lembrar para sempre disso e contar para meus filhos.

Peraê! mas acho que a única possibilidade de eu ter um filho é dando para um manobrista, né?

Agora fico aqui matutando porque é que só chove manobrista na minha horta. E se o maior problema é esse, se é o preconceito da profissão, ou é o preconceito do sertanejo ou pagode? ah, isso eu não tolero!

sábado, 25 de setembro de 2010

Assinale a alternativa correta

Qual a melhor atitude a ser tomada após uma rejeição?

A) esclarecer os fatos com a pessoa. Todavia sabe-se que a pessoa está em transe, vivendo em seu mundo imaginário e não absorverá uma só palavra que será dita;

B) ignorar completamente a existência desta pessoa daqui para frente;

C) agir como se nada tivesse acontecido e fingir que ainda sou sua amiga;

D) mandar matar e fazer parecer um acidente.

Eu realmente queria A, mas minha terapeuta explicou que é perda de tempo, pois não estamos falando de gente normal. D não faz meu estilo. C eu não consigo, uma vez que não tenho sangue de barata. Provavelmente, vou seguir com B, mas com uma certa mágoa no coração. Ingratidão depois de tantos anos é duro, viu?


E agora CHEGA. Essa xarope já me levou duas sessões de terapia e um post.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Próxima jogada...

A gente está em constante transformação. Ou quer estar. E quando chega esse momento na vida que você quer mudar tudo em todos os aspectos, você conta que algumas coisas permanecerão estáticas, à disposição aguardando e se adaptando à sua mudança. Claro, porque o mundo gira ao seu redor, ?

E no meio do caminho, uma dessas variáveis (era de se esperar que uma variável variasse, ?) muda de rumo. Claro, porque se depende de seres humanos e seres humanos estão em transformação e querem mudar, como eu. Mas de repente, todo o meu processo voltou à estaca zero porque meu médico do coração foi para outro departamento. Foram cinco anos de relacionamento inutilizados. O novo médico quer reiniciar tudo, me conhecer melhor, blá blá wiskas sachê...

Mas neste momento tão crucial, aonde estou tão cheia de dúvidas, não sei até onde isto não é Deus jogando xadrez, querendo me dar alguma mensagem que ainda não estou conseguindo entender...

De quem é a vez de jogar?


terça-feira, 7 de setembro de 2010

O preço da felicidade

Cada vez mais tenho me questionado quanto custa ser feliz. E hoje, nesse feriadão, li este artigo da Folha, dizendo os valores estimados da felicidade. Ora, ora.

Dos fatores que trazem felicidade, marquei 5 pontos. Dos fatores que trazem infelicidade, marquei 4 pontos. Logo... sou feliz?

Ainda bem que a vida não é tão exata, heim? E sim, ultimamente sinto que a nuvenzinha negra se dissipou... mas daí a chamar de felicidade não é exagero?

(Quer um texto muuuuito melhor sobre felicidade? leia este aqui da minha amiga Lilah!)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quando setembro chegar...

Seis anos morando na minha casa. Daí a vida faz você voltar para a casa dos seus pais (porque escrever casa do pai é muito esquisito, aqui sempre será a casa da mamãe). Só que eu sempre fui muito apegada à minha privacidade, ao meu silêncio ao acordar, e à muitas coisas que não acontecem em casa de Potira. Daí em abril de 2010 você acha o apartamento dos seus sonhos e voilá: ele é seu! mas com uma condição --> entrega em setembro. Mas falta tanto tempo... como vou viver todos esses meses que faltam até setembro?

Para ajudar a passar o tempo (e irritar a família mais próxima), fiz minha versão da música Primavera, de Tim Maia:

Quando setembro chegar
Eu quero estar longe daqui
Pode outubro voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque é primavera
Te amo
Te amo, meu apêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!!!





E eu, que já vinha riscando os dias no calendário (igual a preso na cadeia, saca?), celebrando o fim de agosto, dando aviso prévio para meu pai, recebo, neste dia 31 de agosto, uma ligação dos donos do apê, dizendo que tiveram um problema com o apê deles e que a mudança terá que ser adiada de 2 a 3 meses.

(pausa para paramédicos com desfibriladores agirem rapidamente)

Eu devo estar aqui para aprender alguma lição. A paciência é uma virtude. Ou que com agosto não se brinca. Ou o santo do meu cachorro, que não quer que eu vá, é muito forte.

Anyway... a letra da música foi alterada para "Quando dezembro chegar..."